Em reunião com os presidentes da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, e da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, e dirigentes de outras centrais sindicais, na quarta-feira (21), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que o governo federal não adotará qualquer medida para o setor automotivo sem antes ouvir e discutir com os sindicatos.
Ficou marcada para o próximo dia 29 (quinta-feira), em Brasília, nova reunião do ministro com os presidentes dos sindicatos e das centrais sindicais.
Mas os sindicalistas ficaram decepcionados com a falta de um posicionamento do ministro em relação à reivindicação do movimento sindical de isenção da PLR, abonos e adicional de férias do Imposto de Renda.
Mantega pediu 15 dias para estudar a questão. “O ministro alega que tem que estudar a proposta porque o governo vai perder arrecadação. Mas não haverá perda porque dinheiro a mais no bolso dos trabalhadores vai para o consumo, que vai aumentar a produção, o emprego”, disse Miguel Torres.
O movimento sindical vai continuar pressionando. Na quarta-feira (21), os metalúrgicos do ABC fizeram uma passeata pela Via Anchieta e, na quinta-feira (22), bancários, metalúrgicos, químicos, petroleiros, eletricitários realizaram uma manifestação em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista, com paralisação das agências, para chamar a atenção da população para a importância da desoneração da PLR.
No próximo dia 27, terça-feira, os dirigentes sindicais irão ao Congresso Nacional pressionar os parlamentares a votar as emendas dos deputados Paulinho da Força e Vicentinho, que isentam a PLR, os abonos salariais e adicional de um terço das férias da cobrança do imposto de renda.