Campinas (SP) é o município que lidera o ranking do emprego formal no interior do Brasil, elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De janeiro a julho deste ano, a cidade paulista gerou 13.507 vagas com carteira assinada, uma alta de 4,45% em 2008. Cabe ressaltar que este resultado de Campinas foi o melhor da série do Caged desde 2003.
No acumulado do ano, foram responsáveis por este desempenho os setores de Serviços (5.928 postos ou 3,98%), Indústria de Transformação (3.057 postos ou 5,40%) e a Construção Civil (2008 postos ou 19,24%).
Em segundo e terceiro lugares no ranking do interior nos sete primeiros meses do ano, estão outros dois municípios paulistas: Franca, com 11,3 mil contratações, e São José dos Campos, com 9,58 mil. Cabe ressaltar a taxa de crescimento de Franca, que foi de 16,36% no período.
Fecham a lista dos “10 mais” as cidades de Petrolina (9.394), Sorocaba (9.284), Caxias do Sul (9.059), Joinville (9.015), Pontal (8.272), Ribeirão Preto (8.129) e Maringá (7.937).
O forte desempenho da Agricultura em Pontal, também em São Paulo, fez que o emprego no município crescesse mais de 130% de janeiro a julho. Isso se deve à safra da cana-de-açúcar, principal empregadora da cidade. (veja abaixo a tabela com os 50 municípios do interior)
Julho de 2008
A partir dos dados isolados do mês de julho, a liderança do ranking do interior fica com Bebedouro (SP), com 3.171 novas vagas celetistas e taxa de 13,64%. Em termos absolutos, o município respondeu por 5% do saldo do estado de São Paulo no mês. Agricultura foi responsável pela quase totalidade das vagas na cidade: 3.026 postos.
Nordeste
Observando o ranking do interior em julho, percebe-se que entre os cinco municípios que mais empregaram no período, três são do Nordeste: em 3º, Petrolina (PE), com 2,75 mil vagas; em 4º, Sobral (CE), com 2,05 mil; e em 5º lugar, Santa Rita (PB), com 1,9 mil. Só Petrolina foi responsável por 43% do saldo de empregos no estado de Pernambuco. Lá, se descobriu a produção de uva, um fenômeno para a região, uma vez que seu cultivo era essencialmente feito pelas regiões Sul e Sudeste.
A Região Nordeste apresentou a maior taxa de crescimento nas contratações com carteira assinada no mês de julho. Se compararmos com o mesmo período do ano passado, comprova-se um crescimento de 48% ou 27,5 mil vagas a mais.
A Agricultura e a Construção Civil são os protagonistas desse avanço na região – os dois setores contrataram juntos naquele mês 20,6 mil trabalhadores. Com o aumento da demanda mundial pela produção de alimentos, a região tem encontrado na agricultura um verdadeiro manancial de oportunidades de geração de emprego e renda. (Fonte: MTE)