Milhares de trabalhadores, de diversas categorias e representando as principais Centrais Sindicais brasileiras, participaram na quarta-feira (dia 28 de janeiro), em todo o País, do ‘Dia Nacional de Luta em Defesa dos Direitos e do Emprego’.
Em São Paulo, o ponto de concentração e de realização do evento foi o vão central do Masp, na Av Paulista. Os manifestantes reivindicaram, entre outros pontos, a revogação das Medidas Provisórias nºs 664 e 665, que estabelecem uma série de alterações nas regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão.
“Não podemos permitir a retirada de direitos. Essas propostas são como a ponta do iceberg. Depois dessas, o governo poderá apresentar outras que prejudiquem ainda mais os trabalhadores em vez de taxar, por exemplo, grandes fortunas”, afirmou Miguel Torres, presidente da Força Sindical e da CNTM.
Pela Força Sindical, os trabalhos foram conduzidos pelo secretário-geral da entidade, João Carlos Gonçalves, Juruna. “Não podemos permitir a retirada de direitos”, disse.
João Batista Inocentini, presidente licenciado do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força, pleiteou salários dignos para os aposentados e se manifestou contra a retirada de direitos dos trabalhadores, além da moralização da Petrobras.
Em seguida, todos seguiram em passeata até o escritório da Petrobras, para protestar contra a corrupção na Estatal. Esse último ato marcou o término da manifestação. “Os trabalhadores estão indiganados com os demandos na Petrobras”, disse o presidente da Força Sindical.
Foram realizadas manifestações nos seguintes estados:
Pará
Em Belém a manifestação teve início na escadinha do cais do porto, subindo a Avenida Presidente Vargas, em sentido ao prédio do INSS, onde cada Central teve sua fala.
Após as falas, a caminhada seguiu pela Avenida Nazaré rumo ao centro integrado de governo, onde as Centrais concluíram o ato com as falas finais.
Paraná
Em Curitiba e Região Metropolitana, os protestos ocorreram em fábricas como Bosch, CNH, Volvo, WHB, Perfecta, Seccional, Aker Solutions, Maflow, Hass do Brasil (CIC), Volkswagen, Renault e Brafer, dentre outras. Cerca de 40 mil trabalhadores cruzaram os braços no início da manhã.
Rio de Janeiro
A estrada que leva às fábricas da Volks e Peugeot, em Resende, foi bloqueada por quatro horas. O protesto aconteceu na Rodovia Estadual Engenheiro Alan da Costa Batista, que liga a Via Dutra ao Polo Industrial de Resende. O ato teve a adesão de 13 mil operários.
Rio Grande do Sul
Em Porto Alegre os sindicalistas gaúchos convocaram toda sua militância para a concentração, às 9h30, em frente à Superintendência Regional do Trabalho (Av. Mauá, 1.013, Porto Alegre). Após isto, a Força Sindical-RS seguiu para a Esquina Democrática, onde as atividades da mobilização deram continuidade.
Pernambuco
Em Recife a concentração foi às 8 horas em frente à Superintendência Regional do Trabalho (SRT), na Avenida Governador Agamenon Magalhães, no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife.
Bahia
Em Salvador a manifestação aconteceu em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego. A concentração dos trabalhadores foi às 10 horas, em frente ao Sindicato dos Bancários, na Avenida Sete. De lá, os manifestantes caminharam até a sede da SRTE, na Avenida Sete.
Brasília
Em Brasília o ato foi em frente ao Ministério Fazenda. Centenas de trablhadores pediram a revogação das MPs 664 e 665.
Goiás
O ato será realizado nesta quinta-feira, dia 29.
São Paulo
Além da Capital, manifestações aconteceram em Limeira, Sorocaba e Sertãozinho.
Minas Gerais
O evento aconteceu na Praça Sete, Belo Horizonte. Diversas categorias protestaram contra o aumento do desemprego.
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