30 jun 2011
Notícias
Objetivo é intensificar a luta pela pauta trabalhista. No dia 28 de julho haverá caminhada em Porto Alegre
O presidente da Força Sindical-RS, Claudio Janta, afirmou que no 2º semestre haverá muitas lutas e atuação no Congresso Federal.
O momento para o atendimento das reivindicações é considerado positivo em função da simpatia do presidente da Câmara de Deputados, o gaúcho Marco Maia, às demandas sindicais, já que ele foi metalúrgico e se notabilizou no meio sindical de Canoas.
“É um bom momento para avançar, mas alcançaremos nossos objetivos com muita pressão e o povo na rua. O movimento sindical tem que se unir com todas as centrais”, destacou Janta. Cada estado tem que visitar os gabinetes dos seus deputados, disse ele, que criticou as ações do Ministério Público, que dá determinações contrárias aos interesses dos trabalhadores.
O vice-presidente da Força Sindical, Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, representando o deputado federal Paulinho da Força (PDT), disse que o RS um dos principais estados que sempre está em Brasília. “Sabemos da importância dos dirigentes dessa região.Paulinho está recebendo diversos trabalhadores e também articula a agenda de mobilizações”, disse.
Miguel Torres explicou que neste ano a central vai levantar bandeiras e fortalecer a unidade entre as centrais nas lutas que convergem: redução jornada de trabalho, convenção 151 e 158 da OIT, aumento do aposentado, terceirização e regulamentações, luta contra o fator previdenciário e custeio sindical. “Como proposta, vamos nos unir e ter alguns atos para promover e mostrar essa luta. Começamos há um mês quando o presidente da Câmara Federal, Marco Maia, nos recebeu demonstrando sensibilidade para as questões dos trabalhadores e sindicais. A recepção até nos surpreendeu”, disse Torres.
Terceirização:
“Vamos colocar a sociedade para discutir o tema novamente. A votação nas 40 horas tem que ocorrer depois de uma grande mobilização. O projeto da Terceirização também está em debate na sociedade, centrais e empresários. Está sendo encaminhado, dentro do enfoque da responsabilidade solidária”, disse Torres.
Redução da jornada de trabalho:
“Vamos aumentar o apoio público chamando a atenção para a luta da redução da jornada de trabalho, sem redução salarial, que é o que gira a economia. Nos estados, estamos realizando encontro com os deputados. Independente, seguimos mobilizados em Brasília, como no dia 06 julho, em que vamos levar mais de 5 mil pessoas na concentração. Haverá mobilização na Catedral e depois seguimos para o Congresso. A partir desse calendário, os estados têm que começar a atuar intensivamente nas regiões.
Mercado:
Miguel Torres também comentou a enxurrada de produtos chineses no Brasil, destacando a importância e necessidade de valorizar o mercado nacional de produtos. A entrada de produtos sem taxação com a desvalorização da mão de obra brasileira é um problema cada vez maior, já que em geral os produtos chineses entram com valores muito baixos e prejudicam os produtos nacionais. “É outro debate que vamos estar levantando, ter um contrato nacional em defesa do emprego, em defesa da qualificação e em defesa do País. A China tem um projeto industrial para fortalecer seu emprego, o Brasil é que não tem projeto, estamos escancarando nossas fronteiras para entrar esses produtos. Temos que mudar essa realidade, defender nosso produto, nosso trabalhador”, avaliou Torres.
O diretor da Força Sindical-RS Luis Carlos Barbosa reconheceu que as lutas são árduas, mas com mobilização os trabalhadores podem reverter esse quadro. “A gente sabe que é que uma tarefa árdua, porque não temos mais de 150 votos no Congresso dos 500 que estão lá e não têm compromisso conosco. Temos que ter claro que o governo joga pra dois discursos, um na rua e outro na forma política para ter apoios econômicos. Os partidos da base aliada do governo têm problemas na negociação. Precisamos de mobilização forte, tem que ter unidade e articulação nacional. Temos que fortalecer nossa ida a Brasília, dificuldade todos têm mas vamos buscar maneiras de lutar e vencer”, disse Barbosa.
Já o diretor do Sindec Canoas Antenor Federizzi afirmou que este ano há grande oportunidade de aprovar demandas dos trabalhadores por ter na Câmara um metalúrgico de Canoas que teve dificuldades para entrar no Congresso como trabalhador e sindicalista.
Ivone Simas, do Sec Guaíba, também frisou a mobilização: “Temos que marcar presença no Congresso. Todos os trabalhadores do RS e sindicatos filiados à Força Sindical devem se unir. Só dessa forma vamos conseguir mudar o número de 150 votos, é pressionando, levando sindicatos para Brasília para pressionar”, conclamou.
O diretor Cláudio Côrrea ressaltou que é muito importante que se possa organizar a agenda, porque as dificuldades são cada vez maiores. Ele criticou a presidente Dilma Rousseff, que não tem tanta identidade com os trabalhadores. “Temos que nos organizar nos nossos Municípios, mandar emails e pressionar os deputados das regiões, nos apropriar do trabalho de construção do voto a favor das reivindicações dos trabalhadores”, disse.
Dona Estela, do Sindinapi, pediu colaboração para levar 50 pessoas para a manifestação. João Pereira, do Conselho Fiscal do Sindec Poa, deu seu relato sobre a última viagem a Brasília. “Se fizermos o trabalho de mobilização bem feito, intensificado, vamos adiante. Temos que destacar queles deputados que já estão conosco e colocar no jornal, valorizar os que estão com a gente. Divulgar mais para sensibilizar e mobilizar a sociedade, não só com a presença na Câmara, mas no meio da sociedade”, disse.
Dionísio Mazui, vice-presidente da Fetracos, manifestou sua preocupação com o sucateamento do Ministério do Trabalho e Emprego. “É importante colocar na agenda dos trabalhadores a situação de desmonte do Ministério do Trabalho, com falta de servidores e infraestrutura, com o fechamento de postos de delegacias e procuradorias regionais. Há um estudo, inclusive, de fechamento de postos do MTE no Rio Grande do Sul e contingenciamento de orçamento. Temos que fazer esse debate que é ligado aos interesses maiores dos trabalhadores”, avaliou.
Adão Haggstram, do Sindicato dos Aposentados da Força Sindical, disse que só a sociedade mobilizada em todos os setores, dos idosos e aposentados, podem alcançar resultados.
Edson Dorneles, do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí, também quer mais mobilização: “Precisamos mobilizar mais os sindicalizados e contribuir na soma do movimento. Temos que colocar em movimento o sindicalismo e perseguir nossos objetivos, porque quando queremos elegemos e derrubamos representantes.”
Após os discursos, foram organizadas as caravanas dos sindicatos gaúchos para a mobilização no dia 06 de julho. A luta na Capital Federal não será só pela redução da jornada, mas pela valorização do emprego e da indústria nacional, pela empregabilidade no Brasil. Em Porto Alegre, haverá um grande ato de mobilização dia 28 de julho com uma caminhada até a Assembleia Legislativa e o Palácio Piratini para entrega do calendário de mobilizações a deputados, o presidente da ALRS, Adão Villaverde, e o governador Tarso Genro.
Miguel Torres elogia organização da Força
Sindical-RS e fala dos 20 anos da central
Miguel Torres falou para um auditório lotado de sindicalistas filiados à central, sobre a viagem a Porto Alegre e como estão sendo organizadas as mobilizações.
“Viemos aqui para a preparação dos calendários de luta que estamos organizando com as centrais sindicais unidas na pauta trabalhista. Temos uma série de eventos, estamos visitando os estados para agendar as mobilizações. A ideia aqui no Rio Grande do Sul é fortalecer a manifestação do dia 28 de Julho, que é o dia da Região fazer essa manifestação em defesa das bandeiras dos trabalhadores. Tenho certeza que será coroada de êxito essa manifestação pela organização que estou vendo aqui dos companheiros, a mobilização dos sindicatos, participando, com metas de trabalho. É muito importante e mostra que a Força Sindical aqui no Rio Grande do Sul tem crescido muito não só no seu número de filiados, mas também na qualidade de seus dirigentes”, afirmou Torres.
O sindicalista também comentou os 20 anos da central enquanto presidente em exercício, representando Paulinho da Força, em visita à Porto Alegre.
“A Força Sindical veio para unificar o movimento sindical. A grande vitória da Força Sindical nesses 20 anos foi a unificação das centrais sindicais em torno de seus temas e a legalização das centrais. A Força Sindical é fundamental a esse respeito, porque teve o papel de aglutinar forças, de passar por cima de diferenças ideológicas que cada central tinha para se reunir em torno dos objetivos dos trabalhadores no seu dia a dia. O trabalhador não quer que as centrais briguem entre si, mas que briguem pelos seus direitos e seus interesses. A Força Sindical teve um papel fundamental nisso, de atrair as centrais em todas as suas correntes para um objetivo maior que é defender o trabalhador”, finalizou.
Por Assessoria de Imprensa da Força Sindical/RS
www.fsindical-rs.org.br
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