“Quando se enfrenta um problema na linha da economia alguém se preocupa do lado do empregado? Só se preocupa em reduzir tributo, fazer isso, fazer aquilo, mais para que a empresa tenha uma melhor situação”, advertiu Carlos Alberto. “E alguém se preocupa, quando há uma crise econômica, qual a situação do trabalhador? Alguém disse que, porque a economia cresceu, os direitos do trabalhador tem que crescer proporcionalmente?”
Carlos Alberto lembrou que no próximo dia 23 haverá um café da manhã com os representantes dos empregadores, reforçando o papel do TST como “uma mesa de negociações”. “Nós queremos consagrar é que esse lugar de convergência (entre empregados e empregadores) pode ser o TST, porque aqui se cuida basicamente do trabalho e do capital. Não existe capital sem a valorização do trabalho e sem proteger a livre iniciativa”.
Para o presidente do TST, a grande lição da Consolidação das Leis do Trabalho, “com relação a qual nós comemoramos 70 anos”, é que tudo tem que passar por uma negociação. “O princípio básico da CLT é colocar o trabalho como instrumento básico e necessário na relação social. E o trabalho, com a valorização do trabalhador, esse princípio não pode ser afastado”. Ele concordou que a CLT tem que ter uma atualização, “pois tudo muda”. No entanto, advertiu que não se pode perder de vista os princípios e os valores que estão consagrados nela.
Líderes sindicais elogiam iniciativa do TST
Os representantes das confederações e centrais sindicais elogiaram a iniciativa, principalmente pela oportunidade de dialogar e levar ao conhecimento dos ministros a realidade e as necessidades de cada categoria profissional.
“O encontro é muito simbólico. É a primeira vez que eu venho aqui num café da manha de um presidente que acaba de tomar posse. Isso é muito importante, mostra que o Tribunal tem uma preferência. O Tribunal não pode ter lado, mas tem uma preferência pelos trabalhadores. Eu fico muito satisfeito com isso”, disse o deputado Paulinho da Força..
Já o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) José Eymard Loguércio frisou a importância do diálogo. “Acho que é fundamental dialogar. É o início de um processo importante para construção e manutenção dos direitos dos trabalhadores. As centrais ficaram extremamente lisonjeadas com essa possibilidade de iniciar um debate com o TST nas questões centrais, tanto das sindicais quanto do direito dos trabalhadores”.
Para Oswaldo Augusto Barros, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação e Cultura (CNTEEC), “a abertura de portas do TST para os trabalhadores terem um café da manhã, vale muito mais pela prosa e o contato com os ministros, no sentido de estreitar as relações entre o Trabalho e o Judiciário. É muito importante porque demonstra as necessidades de cada uma das entidades aqui representadas e o papel da Justiça de equilíbrio nas lides do Capital e Trabalho”.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, CNTC, Levi Fernandes Pinto, parabenizou o presidente do TST e os ministros da Casa. “Nós entendemos essa iniciativa como de suma importância. Nós precisamos ter realmente essa parceria com o TST. Temos diversos problemas e é a oportunidade que temos, não de solucioná-los, mas de questionar, de levar, de mostrar”.
(Augusto Fontenele/MB – fotos Fellipe Sampaio)
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