Trabalhadores decidem voltar ao trabalho e aguardar negociações
Assembleia na Prada coordenada pelo diretor Carlão
Arakém, secretário-geral do Sindicato
Em apoio aos trabalhadores da Prada, em greve desde quarta-feira passada, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, e o secretário-geral Jorge Carlos de Morais, o Arakém, entre outros diretores e assessorias, participaram da assembleia organizada pelo diretor Carlos Augusto dos Santos, o Carlão, nesta segunda, 7 de maio.
Miguel Torres abriu a assembleia fazendo uma avaliação negativa da reforma trabalhista que, além de só beneficiar os maus patrões que tentam impor prejuízos aos trabalhadores, não gerou empregos nem ajudou o País a sair da crise rumo ao crescimento industrial e à retomada do desenvolvimento. Para ele, a greve na Prada é um reflexo deste cenário perverso. “Seja qual for a decisão desta assembleia sobre os rumos da paralisação, o nosso Sindicato estará sempre aqui apoiando as lutas e reivindicações da categoria”.
Motivos da greve
Os trabalhadores da Prada reivindicam melhorias e redução dos valores do convênio médico, pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) de 2017, negociação da PLR de 2018 e manutenção dos ônibus fretados, que a empresa quer substituir por vale-transporte.
Decisão do TRT
O diretor Carlão, após falar sobre a audiência de conciliação ocorrida na sexta, 4 de maio, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), colocou em votação e os trabalhadores aprovaram voltar ao trabalho e aguardar em estado de greve as negociações entre o Sindicato e a Prada até o dia 23 de maio.
A Prada fica em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, produz embalagens metálicas e emprega em torno de 500 trabalhadores metalúrgicos.
Fotos: Jaélcio Santana e Alex Líder
Texto: Val Gomes – redação CNTM