FONTE: Dário do Grande ABC
Os sindicatos de metalúrgicos que integram a Força Sindical, entre os quais o de Santo André e Mauá, e o de São Caetano, devem intensificar a mobilização nas fábricas de empresas do ramo, de autopeças, forjaria, fundição e outras, por causa da falta de avanço nas negociações com as bancadas patronais que representam os setores dessa base. Essa foi a deliberação tomada ontem durante reunião na federação da categoria com as 54 entidades filiadas a essa central sindical.
O objetivo é conquistar aumento real (superior à inflação) para a categoria que, neste caso, tem data base em 1º de novembro. Até agora, da mesma forma como ocorreu na negociação da FEM-CUT (Federação dos Sindicato dos Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores), os grupos de representantes empresariais não ofereceram reajuste acima da inflação.
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Sivaldo Silva Pereira, o Espirro, a entidade já tem feito assembleias diariamente em indústrias de sua base e, a partir do início de novembro, se ainda não houver acordos nos grupos, deverá haver paralisações por fábricas. “Temos condições de fazer pressão (para alcançar aumento real)”, diz o dirigente.
ADESÕES – Ontem, mais 23 empresas concordaram em pagar o reajuste de 8% (inflação mais 1,56% de ganho) reivindicado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ligado à CUT, para as companhias de sua base (São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra).
As novas adesões, feitas por empresas de pequeno porte, alteram pouco (em relação aos números de terça-feira), o percentual de metalúrgicos que já têm garantido o aumento, de acordo com o sindicato. Atualmente cerca de 75% da base, formada por 96 mil trabalhadores, incluindo os empregados de montadoras), já têm acordo salarial firmado.
Ontem houve assembleia na metalúrgica Apema, de São Bernardo, que paralisou a produção por duas horas. A mobilização nas fábricas deve prosseguir hoje.