Portas cerradas, cartazes avisam quem os trabalhadores de diversos bancos estão em greve. Pelo 13° dia consecutivo de paralisação, bancários de Brusque receberam o apoio de três sindicatos filiados a Força Sindical SC, Sindnapi (Sindicato dos Aposentados e Pensionistas), Sinseb (Sindicato dos Servidores Públicos de Brusque Botuverá e Guabiruba) e o Stimmmeb (Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Brusque).
Para a presidente do Sindnapi, Maria Roseli Beuting, a truculência dos banqueiros é que faz os bancários paralisarem os serviços. “Sem abertura para negociação salarial os banqueiros obrigam os trabalhadores a fazer a greve”, lamentou Rose.
Já para o presidente do Sinseb, Orlando Soares Filho, o apoio aos bancários vai acontecer até que os banqueiros resolvam negociar com os sindicatos.
“Hoje o movimento sindical de Brusque se uniu aos trabalhadores desse segmento e se precisar vamos estar presentes em outros momentos em frente as agências bancárias, até haver livre negociação, que é nosso direito”, admitiu Soares.
José Isaias Vechi (Vechi Do Sindicato), presidente do Stimmmeb, revelou que a greve é legal e que a comunidade deveria apoiar os trabalhadores.
“Eles vivem na pressão, passando por diversas humilhações, metas, um verdadeiro assédio moral em tempo integral”, lamentou Vechi.
De acordo com a Contraf os bancos oferecem o reajuste de 6,1% (inflação do período pelo INPC) sobre salários, pisos e todas as verbas salariais (auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá etc). A proposta e de PLR de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), além de parcela adicional da PLR de 2% do lucro líquido dividido linearmente a todos os bancários, limitado a R$ 3.267,88.
“O que mais nos causa repulsa é saber que os banqueiros ganham muito dinheiro em cima de qualquer trabalhador, juros altíssimos e sem negociação com os correntistas e clientes e dessa forma eles estão agindo com os funcionários, arbitrariamente”, condenou o presidente da Força Sindical SC, Osvaldo Osvaldo Olavio Mafra.
Por Anelise Schmitz
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