SÃO PAULO – Os
metalúrgicos da Força Sindical do Estado de São Paulo entregaram ontem a pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2009 à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e demais grupos patronais e cobraram agilidade no calendário de negociações.
A entrega da pauta foi precedida de uma carreata integrada por cerca de 200 veículos ocupados por dirigentes de 54 entidades de metalúrgicos do estado ligadas à Força Sindical. “Este ano vamos renovar todas as cláusulas econômicas e sociais da convenção coletiva, e vamos ter que conversar muito. Além disso, sabemos que vamos enfrentar o discurso de crise dos patrões, por isso estamos começando a campanha mais cedo”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi.
A campanha tem como lema “É hora de conquistar” e envolve cerca de 800 mil trabalhadores com data-base em 1º de novembro.
Na pauta, a categoria reivindica reposição da inflação, aumento real de salário, jornada de 40 horas semanais, estabilidade no emprego aos acidentados no trabalho e aos portadores de doenças profissionais, e piso único, entre outros.
O percentual de aumento salarial será definido no decorrer das negociações. “Nossa equipe técnica vai acompanhar o crescimento da produção e os índices de inflação para, então, definir o aumento a ser reivindicado”, completa Miguel Torres.
A pauta foi entregue ao grupo 19-III -Sicetel (laminação de metais), Simefre (equip. ferroviários), Sinbapem (balanças), Sindratar (refrigeração/aquecimento), Sindicel (condutores elétricos), Siescomet (esquadrias)-; aos grupos 10 (Fiesp), e 2 (Sindimaq e Sinaees – eletroeletrônico), e Abifa (Sindicato da Ind. de Fundição. Às 15h, a pauta será entregue ao grupo 3, (Sindipeças, Sindiforja e Sinpa), na Av. Santo Amaro, 1.386, V. N. Conceição. Na próxima segunda-feira, às 10h, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi fará a entrega da pauta de reivindicações ao Centro das Indústrias (Ciesp) de Mogi.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC participou ontem da passeata promovida pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), no Centro de São Paulo. A manifestação é um ato unificado das categorias em campanha salarial no segundo semestre e em defesa da jornada de 40 horas semanais. O grupo ainda denunciou a “omissão dos bancos privados diante da crise econômica” porque eles dificultam o crédito e mantêm o spread bancário elevado.