Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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METALÚRGICOS REAFIRMAM LUTA PELAS 40 HORAS

Metalúrgicos SP

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, e Paulinho, presidente da Força Sindical

Neste ano de 2009, um dos principais eventos realizados pelo movimento sindical brasileiro foi sem dúvida alguma o 11º Congresso dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.

Realizado nos dias 17, 18 e 19 de junho, em São Paulo, no Palácio do Trabalhador, o evento teve como uma das principais palavras de ordem a redução da jornada para 40 horas, sem redução de salário.

O tema, debatido e aprovado nos quatro grupos de trabalho e aplaudido na plenária final, sai como uma das bandeiras fortes do Congresso, que já está ecoando em todas as fábricas da base.

A empolgação da plenária foi percebida também pelos convidados, especialmente o presidente da Câmara, Michel Temer.

Ao ser questionado por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, sobre sua postura ante as 40 horas, Temer assumiu o compromisso de encaminhar a votação da matéria.


Palavras de Temer: “Quero dizer que se o relatório for aprovado, eu coloco a matéria em votação no plenário da Câmara”.

E A COMISSÃO JÁ APROVOU
Vale lembrar, então, que no último dia 30 de junho, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, relatório da proposta de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.

Paulinho comandou as articulações na Câmara e a mobilização dos sindicalistas, que lotaram o auditório Nereu Ramos, no dia da votação.


Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, participou em Brasília e afirma: “A pressão unitária do movimento sindical garantiu essa vitória”. Mas Miguel Torres alerta que a mobilização precisa continuar: “Temos outras etapas pela frente. E a próxima será a votação no plenário da Câmara”

 

História
METALÚRGICOS NA FRENTE

Para Miguel Torres, a bandeira da jornada de 40 horas une todo o sindicalismo.
“Todas as Centrais estão mobilizadas em busca desse objetivo.”

Ele também recorda que a redução da jornada é um compromisso histórico dos metalúrgicos: “Nossa categoria sempre esteve à frente das lutas por jornada menor. Mesmo antes da Constituição de 1988 reduzir a jornada semanal de 48 para 44 horas, nós já tínhamos lutado e assegurado essa conquista”.

ASSINATURAS

Em junho passado, a Força Sindical e demais Centrais coletaram assinaturas em todo o País e comandaram mobilizações por 40 horas nos locais de trabalho. Um dos resultados dessa ação unitária foi um abaixo-assinado com 1,5 milhão de assinaturas entregue ao então presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia.

Foi essa pressão sindical, coordenada pelas Centrais, com suporte técnico do Dieese e forte adesão da base trabalhadora, que possibilitou a retomada do debate pela redução da jornada de trabalho e acelerou os trâmites no Congresso Nacional. A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 231/95, que trata da redução, estava parada na Câmara há dez anos.

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