Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos podem declarar greve

Autor: Michele Loureiro
Fonte: Diário Grande ABC

Os metalúrgicos de Santo André e Mauá podem entrar em greve a partir de terça-feira. Sem proposta patronal sobre o reajuste salarial, os trabalhadores realizam assembleia hoje, às 18h, e votam se iniciam, ou não, o movimento.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino da Silva, o Martinha, a reivindicação da categoria é de 10% de reajuste salarial. “O aumento é composto pela reposição da inflação (4,6%), mais 5,4% de reajuste real. O prazo para apresentação de proposta acabou hoje (ontem)”, comenta o sindicalista. Desde o mês passado, os trabalhadores têm se reunido em assembleias para discutir a campanha.

O Sindipeças (Sindicato das Fabricantes de Autopeças) agendou reunião para hoje de manhã com o sindicato. “Se conseguirmos uma boa proposta, será válido. Porém, os trabalhadores do setor de autopeças são cerca de 40% da categoria, o que quer dizer que 60% dos metalúrgicos não têm sequer previsão de negociação”, destaca Martinha.

A categoria tem 24 mil metalúrgicos que trabalham em cerca de 1.000 empresas em Santo André e Mauá.

Além do reajuste nos salários, a categoria reivindica piso salarial único, jornada de 40 horas semanais, estabilidade para os acidentados no trabalho e portadores de doenças profissionais, entre outros itens.


SÃO PAULO –
O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi também realiza assembleia hoje para decidir se os trabalhadores entram em greve. De acordo com o sindicato, o encaminhamento da greve tem os mesmo motivos vistos na região: falta de contraproposta salarial por parte dos grupos patronais.

A campanha salarial é unificada e reúne 53 sindicatos metalúrgicos do Estado, filiados à Força Sindical – entre eles o sindicato da região -, que representam cerca de 800 mil trabalhadores com data-base em 1º de novembro.

Sem acordo, ferroviários param trens da CPTM

A greve dos cerca de 6.000 ferroviários da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) começa às 0h de amanhã. Em assembleia a ser realizada na tarde de hoje, os trabalhadores definem os detalhes da mobilização e prometem parar todos os trens. “Até agora não temos nenhuma determinação jurídica de quantos trens precisam funcionar”, destaca o presidente do Sinfer (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias), Eluiz Alves de Matos.

Na tarde de ontem, houve audiência de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho), uma vez que os trabalhadores pedem 9,5% de reajuste e a empresa oferece 4,5%. “A proposta feita pela CPTM durante a audiência não nos agradou. A companhia quer atrelar a concessão de bônus de 2,3 salários a programa de metas. A sugestão da juíza foi que a empresa concedesse o benefício independente das metas, mas não houve acordo”, explica Matos.

Segundo o sindicalista, a proposta da empresa indignou os trabalhadores. “Eles querem nos tratar como funcionários do metrô, que são servidores públicos, porém não vamos admitir isso.” Depois da assembleia, os ferroviários vão colar adesivos informando sobre a greve nas estações da CPTM.


Petroleiros iniciam paralisação e querem reajuste de 14,4%

A FNP (Frente Nacional dos Petroleiros) iniciou ontem paralisação dos trabalhadores da categoria por tempo indeterminado. A informação foi confirmada pelo Sindipetro (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Petróleo) do Estado do Rio de Janeiro.

O movimento abrange os seis sindicatos que participam da FNP. Juntos, eles englobam 28 mil trabalhadores, de acordo com cálculo do Sindipetro. A entidade sindical ainda não tem informações sobre o nível de adesão dos trabalhadores ao movimento.


REIVINDICAÇÕES –
Os petroleiros reivindicam, entre outras coisas, reajuste salarial de 4,44% pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor); ganho real de 10%; melhoras no plano de saúde; reposição de perdas desde 1994, além de licença-maternidade de 180 dias e licença-paternidade de 30 dias

De acordo com o Sindipetro, a categoria tem negociado com a Petrobras desde agosto, mas como não houve acordo entre petroleiros e a estatal, os trabalhadores decidiram iniciar a greve.