Trabalhadores da Ford e da Volkswagen de Taubaté paralisaram as atividades ontem
Cerca de 7 mil metalúrgicos da Ford e da Volkswagen de Taubaté (SP) paralisaram os três turnos de trabalho ontem. Hoje eles voltam ao expediente e está marcada para segunda-feira a retomada das negociações entre o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (ligado à Central Única dos Trabalhadores) e as montadoras.
O prazo dado pela entidade para que as empresas façam uma proposta é sexta-feira, 2 de outubro. Em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, a greve na Volkswagen-Audi completa hoje três semanas.
Comenta-se no Ministério do Desenvolvimento que o ministro Miguel Jorge teria conversado com Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, para que interfira nas negociações. Segundo o Sindicato de Metalúrgicos da Grande Curitiba (filiado à Força), por volta de 14 mil carros deixaram de ser fabricados até agora. Os cerca de 3.500 funcionários exigem aumento salarial de 10%.
A proposta mais recente da montadora é de um reajuste de 7,57%. As assembleias com os metalúrgicos da Volkswagen-Audi têm sido diárias e o próximo encontro está marcado para hoje, às 14 horas.
A montadora recorreu ao Tribunal Regional do Trabalho para que os empregados abandonem a greve e o sindicato tem até amanhã para apresentar recurso.
ABC
Até ontem 61 empresas procuraram o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se comprometeram a atender a pauta salarial da categoria – ontem o total era 50. Nessas fábricas, os trabalhadores retomaram a produção porque conquistaram 6,53% de reajuste, dos quais 2% reais, mais abono que varia com a média salarial do grupo.
Das 61 empresas, 22 são de São Bernardo; 34 de Diadema e 5 da Regional Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Essas fábricas estão entre as maiores da categoria na base dos Metalúrgicos do ABC (fora as montadoras), como o Grupo Dana (1.500 trabalhadores), em Diadema, e a Mahle Metal Leve (1.061), em São Bernardo.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tem 96 mil trabalhadores na base sua base – 32 mil nas montadoras, 26 mil nas autopeças (26 mil) e 39 mil nos demais setores.