Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos iniciam campanha de bônus

Tauana Marin

Em pleno mês de Carnaval, metalúrgicos de Santo André e Mauá se antecipam e começam a negociar o valor da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) deste ano. Os acordos, feitos com as cerca de 300 indústrias instaladas entre as duas cidades, devem ser fechados até o fim do primeiro semestre.

Em 2010, o benefício somou R$ 40 milhões nos bolsos dos metalúrgicos de Santo André e Mauá – levando em conta que o valor da PLR variou entre R$ 1.000 e R$ 4.000 para cada funcionário. A base da categoria é de 25 mil funcionários entre os dois municípios.

“Esperamos manter esse valor ou, até mesmo, ampliá-lo durante as negociações deste ano”, abrevia o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino, o Martinha.

Segundo ele, a pauta com a reivindicação já foi encaminhada aos patrões. “As comissões que irão negociar junto com os empresários já estão formadas. Os encontros entre as partes devem se concentrar entre este mês e abril”, antecipa Martinha.

Algumas metalúrgicas, inclusive, já agendaram para os próximos 60 dias reuniões com a entidade sindical.

DIFICULDADE – O presidente do sindicato explica que a concessão da PLR está garantida em lei (por meio de uma medida provisória, em 1990), mas não pela convenção que rege a categoria.

“A lei diz que as empresas que têm lucro devem pagar esse bônus a seus funcionários. Por causa disso, geralmente, as negociações são mais fáceis nas grandes companhias. Nas médias e pequenas é mais delicado”.

Para Martinha, a concessão da PLR só traz benefícios para a indústria metalúrgica. “Diminui o absenteísmo, além de aumentar e melhorar a qualidade da produtividade”.