Os metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes aprovaram em assembleia nesta sexta, 17, no sede do Sindicato, as propostas negociadas com grupos patronais 3 (autopeças), Simefre (materiais ferroviários), Sinafer (artefatos de ferro e ferramentas) e Fundição, com a garantia da manutenção da Convenção Coletiva de Trabalho, com todas as cláusulas, incluindo as de estabilidade para os acidentados e portadores de doenças profissionais, data-base em 1º de novembro, reposição das perdas com a inflação (INPC) dos últimos 12 meses, encerrados em outubro (de 1,8%), e abono de 15% em três parcelas.
O acordo aprovado inclui cláusula de salvaguarda em relação à aplicação da reforma trabalhista, como proteção para que a gestante não trabalhe em local insalubre, obrigatoriedade das homologações serem feitas no Sindicato, proibição à terceirização de atividades fins, e compromisso de em março de 2018 haver novas discussões sobre os impactos da lei da reforma trabalhista.
O presidente do Sindicato e da CNTM, Miguel Torres, vice-presidente da CNTM, expôs para os trabalhadores as dificuldades das negociações neste ano de entrada em vigor da reforma trabalhista e desemprego.
“Nunca tivemos tantas agressões aos direitos dos trabalhadores. Entramos na campanha salarial 2017 com objetivo de defender a convenção coletiva, que garante proteção aos trabalhadores. Não recebemos contrapropostas de todos os grupos patronais, porque eles querem que os trabalhadores fiquem sem convenção, para aplicarem a lei trabalhista do jeito que quiserem. O acordo que celebramos é o parâmetro mínimo e vamos buscar acordos diretos com as empresas dos grupos que não chegaram a um entendimento conosco”, afirmou Miguel Torres.
A Campanha Salarial 2017 é unificada e reúne 53 sindicatos de metalúrgicos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e à Força Sindical, representando cerca de 700 mil trabalhadores metalúrgicos.