Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos fazem acordos por empresa e bancários mantêm greve

De São Paulo

A estratégia dos metalúrgicos de parar as atividades em um número limitado de empresas para forçar acordo com os empresários gerou resultados positivos. Em dois dias de paralisações, com duração de uma a duas horas, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes obteve acordos com 28 indústrias dos setores de máquinas e equipamentos e eletroeletrônicos – em duas delas não houve paralisação. O reajuste foi fechado em 11,1%, garantindo ganho real que deve ficar próximo de 3%. A data-base da categoria é novembro e, em 12 meses até setembro, a inflação medida pelo INPC era de 7,04%.

No Estado, houve paralisação em 300 empresas, segundo balanço divulgado pela Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo. Para sexta-feira, estão previstas manifestações em 23 empresas. A próxima reunião com o Sindicato da Indústria de Máquinas (Sindimaq) e o Sindicato da Indústria Elétrica e Eletrônica de Manaus (Sinaees) está prevista para segunda-feira.

Já a greve dos bancários ganhou mais adeptos, mas não houve avanços na negociação com as instituições financeiras. Apenas o Banpará fez proposta de antecipar R$ 1 mil da participação nos lucros e resultados (PLR) e sinalizou o pagamento de uma bonificação extra, implementação do plano de cargos, comissões e salários e melhoria do plano de saúde, segundo a Contraf – CUT. A proposta será analisada pelos bancários em assembléia no dia 15. A categoria negocia reajuste salarial de 13,3% (o que incluiria 5% de ganho real) e os bancos ofereceram reajuste de 7,5%, com ganho acima de inflação de 0,35 ponto percentual. (com agências noticiosas)