Os metalúrgicos de Osasco e região iniciaram na quinta-feira, 24, uma série de assembleias em diversas fábricas para marcar a entrega da pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2020 aos grupos patronais. Neste ano, em virtude da pandemia, a entrega foi feita pela Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo por meio virtual.
As assembleias já realizadas em metalúrgicas, como na Cinpal, Metalsa, Sambel, New Oldany e Freios Farj, são organizadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região fazem parte da articulação da luta dos 53 sindicatos filiados à Federação. A Campanha Salarial é unificada e representa cerca de 800 mil trabalhadores. Ao longo do dia, mais assembleias foram realizadas.
Durante as assembleias, os metalúrgicos deixaram claro que, além do aumento real, não abrem mão da manutenção da Convenção Coletiva. “Quando a gente fala que a categoria pode perder, isso quer dizer que pode perder muito. Atualmente, a legislação permite trabalho sem registro, sem direitos, por isso temos que defender e fortalecer a nosso Convenção, bem como o nosso contrato de trabalho”, destaca o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan, presidente eleito.
Com 186 clausulas, a Convenção assegura direitos importantes para os trabalhadores. Entre eles, a garantia de emprego ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou doença profissional ou ocupacional, a garantia de trabalhadores que estão em vias de aposentadoria, licença maternidade, que em alguns setores chega a ser de seis meses.
Manifestações – Por isso, os metalúrgicos de Osasco e região darão início na próxima semana um mutirão de assembleias nas portas das empresas da região. O mutirão começa na quarta-feira, 30, nas metalúrgicas de Alphaville e Carapicuíba.
A pauta contém 150 reivindicações, incluindo: aumento real, redução da jornada para 40 horas semanais, fim das terceirizações, reconhecimento dos delegados sindicais, trabalho decente.