Em defesa dos direitos dos trabalhadores da General Motors (GM), demais montadoras e outros segmentos da cadeia automotiva, e em defesa da categoria metalúrgica e da classe trabalhadora em geral, o movimento Brasil Metalúrgico decidiu nesta sexta, 1º de fevereiro de 2019, que fará as seguintes ações coletivas:
* participar na próxima quinta-feira, 7 de fevereiro, das manifestações de solidariedade às famílias das vítimas da tragédia humana e ambiental ocorrida em Brumadinho/MG, exigindo punição exemplar dos responsáveis por este crime.
* promover, em conjunto com entidades internacionais, uma ação sindical mundial (com protestos em concessionárias) contra as ameaças da General Motors (GM) de fechamento de plantas de unidades da empresa, demissões e redução dos direitos dos trabalhadores.
* produzir um Jornal sobre esta luta de resistência contra as ameaças da GM e de outras montadoras, para mostrar à opinião pública que é fundamental a participação de todos contra a aplicação da “reforma” trabalhista nas fábricas e empresas da ampla cadeia automotiva, incluindo as autopeças dos diversos segmentos produtivos.
* participar do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência Pública (contra o fim da Aposentadoria) e da Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora em São Paulo, no dia 20 de fevereiro, às 10h, na Praça da Sé.
* criar um grupo de trabalho para a construção do Contrato Coletivo Nacional de Trabalho.
O Brasil Metalúrgico é formado por entidades e dirigentes metalúrgicos de todas as centrais sindicais, mas nesta sexta, 1º de fevereiro, a reunião realizada na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, ampliada para debater a cadeia automotiva, contou as presenças de representantes de trabalhadores nas áreas química, de plástico, vidro, têxtil, borracha, petróleo e engenharia. Também presentes: técnicos do Dieese, consultores e jornalistas sindicais e da mídia alternativa (TVT, Agência Sindical, Hora do Povo e Brasil de Fato).
Por videoconferência participaram representantes dos metalúrgicos do Canadá (Unifor) e dos Estados Unidos (UAW) e da IndustriALL Global Union: Valter Sanches (IndustriALL), Kristyne Peter (UAW), Dino Chiodo (Unifor) e Georg Leutert (IndustriALL). Rafael Guerra, do UAW, fez a tradução dos depoimentos.
Para Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e da Força Sindical, a expressiva presença nesta reunião do Brasil Metalúrgico demonstra que, diante dos fortes ataques aos direitos da classe trabalhadora, a resistência do movimento sindical brasileiro e mundial também será forte e cada vez mais sólida, solidária e unificada.
Mônica Veloso, vice-presidente da CNTM e membro da IndustriAll, coordenou os debates e disse que é fundamental novamente ganhar o respeito da classe trabalhadora para enfrentar este intenso período de provocações.
Participaram representantes de sindicatos de Metalúrgicos de São Caetano do Sul, São Bernardo do Campo, Piracicaba, Curitiba, Santo André e Mauá, Jaguariúna, Osasco, Guarulhos, Bragança Paulista, São José dos Campos, São Paulo, Santa Rita do Sapucaí, Itajubá, São João Del Rei, Espírito Santo do Pinhal, Baixada Santista, Lorena e Cruzeiro e dirigentes de outras categorias, Federações e Centrais Sindicais.
Texto: Val Gomes
Foto: Jaélcio Santana