Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos definem “Agenda Emergencial” e farão atos em defesa do emprego

As confederações nacionais dos metalúrgicos da CUT (CNM) e da Força Sindical (CNTM) entregarão até o final do ano às bancadas patronais da indústria e ao Governo Federal uma “Agenda Emergencial”, cujo foco principal é a manutenção do emprego.

A proposta foi aprovada, na última quarta-feira (10), em São Paulo, durante o seminário “Perspectiva do Setor Automotivo e a Crise Mundial”, na sede da Força Sindical.

Outra iniciativa definida pelos metalúrgicos é a realização de um grande ato nacional, com protestos e paralisações na primeira quinzena de janeiro de 2009 – período em que os trabalhadores retornam ao trabalho das férias coletivas – para cobrar de empresários e governo um compromisso com a agenda.

Ações

Os trabalhadores defendem investimentos em políticas públicas e sociais, além de contrapartidas como a liberação de crédito pelos bancos e a criação de campanhas junto à população para resgatar a confiança na economia e estimular o consumo.

“Vamos cobrar do governo contrapartida de manutenção do emprego quando forem liberados financiamentos públicos para as empresas e articular ações com os conselheiros que são representantes das Centrais Sindicais no BNDES e Codefat”, destaca o vice-presidente da CNTM, Clementino Tomaz Vieira.

Para Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, o comportamento das montadoras, que cresceram 290% e, em apenas um mês de crise, resolveram cortar pessoal, é inaceitável.

Carlos Alberto Grana, presidente da CNM/CUT, lembra que a crise também é uma oportunidade. “No Governo Collor, montamos a câmara setorial e a produção de carros que era de 1 milhão passou para 3 milhões. Vamos defender o emprego”, ressalta.

Alarmismo

Tadeu Morais de Sousa, presidente do Dieese, disse que os trabalhadores precisam prestar atenção à campanha que está em curso para intimidar a população e reduzir o consumo.

“Boa parte do dinheiro que financia as vendas de carros das montadoras é do BNDES. Queremos contrapartida de manutenção do emprego”, destaca. (Fonte: Agência Sindical)