Na sexta, 11.11.16, o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense realizou ato de apoio à Justiça do Trabalho, em frente ao TRT de Volta Redonda.
Participaram sindicalistas de várias categorias, centrais sindicais e representantes da OAB e da Magistratura.
A campanha quer sensibilizar os poderes sobre os graves problemas que o judiciário trabalhista enfrenta após os cortes de verbas. Essa medida do governo vem colocando em risco os direitos fundamentais e sociais da classe trabalhadora.
Silvio Campos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, diz: “Essa causa também é de todos nós trabalhadores, já que está colocando em risco os interesses de toda a classe trabalhadora do nosso país. Não podemos deixar isso acontecer. Precisamos da Justiça do Trabalho funcionando com toda estrutura necessária e a todo vapor em defesa do que é justo”.
Sindicatos se unem em defesa da Justiça do Trabalho
Os Sindicatos dos Metalúrgicos, Bancários, Asseio e Conservação, Rodoviários, CNTM, Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro e as Centrais sindicais CTB e Força Sindical mobilizam os trabalhadores em apoio à luta na defesa da Justiça do Trabalho, em função do corte no orçamento que está obrigando o órgão a adotar medidas emergenciais de contenção de despesas, causando aumento do número de processos a espera de julgamento.
São graves as consequências da política de cortes orçamentários praticada pelo atual governo federal e que vem prejudicando o judiciário trabalhista brasileiro, inclusive colocando sob risco de fechamento dos órgãos da Justiça do Trabalho. Segundo a Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), a redução da verba vem comprometendo, de forma agressiva, o funcionamento dos órgãos de primeiro e segundo graus, colocando em risco os direitos fundamentais e sociais da classe trabalhadora.
Foram cortes de 90% nos investimentos e 30% no cus-teio de despesas, solicitados no Orçamento de 2016. Essa verba é usada na manutenção da estrutura de funcionamento da Justiça, como aluguéis de fóruns, vagas abertas e que não podem ser preenchidas por desembargadores, juízes e servidores, além da redução de horários de atendimento em quase todas as 24 Regiões do Trabalho espalhadas em todo o país.
Esses cortes atingem, em cheio, a classe trabalhadora, porque é quem reclama das obrigações não cumpridas pelo empregador. Portanto, todos os trabalhadores devem se unir e se mobilizar pela recomposição desse orçamento. Magistrados, servidores, trabalhadores, advogados, parlamentares, sindicatos, além de outras associações e entidades devem se unir em busca de providência capaz de restabelecer esses recursos.
Por Beth Rezende
Assessoria de Imprensa