Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos de SP vão parar fábricas no dia 8

Jaélcio Santana

Miguel Eduardo Torres (presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo), deputado federal Cláudio Magrão (presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP)  e Jorginho (presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco), juntos na Campanha Salarial 2008.

Diante da falta de uma contraproposta salarial e de disposição para negociar, por parte do grupo patronal 2 – setores de máquinas e eletroeletrônicos -, os sindicatos metalúrgicos da Força Sindical no Estado de São Paulo notificaram os representantes patronais que vão começar a parar as empresas destes setores a partir da próxima quarta-feira, dia 8 de outubro.

“Entregamos nossa pauta de reivindicações no dia 4 de setembro, eles vieram com apenas metade da comissão de negociação e disseram que só depois da assembléia patronal, ainda sem data marcada, vão nos dar uma resposta. É um desrespeito para com os trabalhadores”, disse Miguel Eduardo Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, ao final da reunião de negociação com o Grupo 2.

A negociação foi realizada na sede da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, na rua Pará, 66. Os sindicatos já estão se reunindo com outros grupos patronais, “que estão demonstrando boa vontade em negociar”, segundo Miguel.

De acordo com o sindicalista, a comissão de negociação dos trabalhadores decidiu, também, notificar as empresas dos setores de máquinas e de eletroeletrônicos para negociar em separado e evitar a greve.

A categoria reivindica: Aumento salarial de 20% (inflação do período + produtividade da indústria); ratificação da Convenção 158 da OIT (contra a demissão imotivada); fim das terceirizações e do trabalho precário; jornada de 40 horas semanais sem redução salarial; valorização do piso salarial.

A campanha salarial envolve 54 sindicatos de metalúrgicos no Estado (Força Sindical), que representam 750 mil trabalhadores. A data-base é 1º de novembro.

“O grupo não apresentou propostas e ainda não compareceu integralmente à negociação. Querem jogar a discussão de proposta ainda para depois de 10 de outubro. Vamos parar porque queremos respeito aos trabalhadores nas negociações”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno.

Por Débora Gonçalves e Val Gomes, da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, e Cristiane Alves da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco.

Próximas negociações:

Dia 9 de outubro (quinta-feira)

às 9h – com o grupo Sindisider (siderurgia)

às 10h – com o grupo Fundição

às 14h – com o grupo Sindifupi (funilaria e pintura)

às 15h – com o grupo Sicetel (trefilação e laminação de metais ferrosos)

Local: Federação dos Metalúrgicos – Rua Pará, 66, São Paulo/SP

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