Miguel Torres, presidente da CNTM/Força Sindical, e Cláudio Magrão, presidente da Federação dos Metalúrgicos no Estado de São Paulo, lideram manifestação
Fotos Paulo Segura
Miguel Torres, juntamente com outros líderes dos metalúrgicos, na entrada da Fiesp com a pauta de reivindicações da Campanha Salarial Unificada 2012 |
Com uma grande manifestação, os metalúrgicos ligados à Força Sindical no Estado de São Paulo fizeram nesta terça-feira, 25 de setembro, a entrega da Pauta de Reivindicações da categoria à Fiesp (Federação das Indústrias do ESP) e demais grupos patronais, na Avenida Paulista, 1.313.
A entrega foi feita pela Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP e dirigentes dos 54 sindicatos da categoria no Estado envolvidos na Campanha Salarial Unificada. A data-base é 1º de novembro e o lema da campanha é: “País rico é País com Emprego, Trabalho Decente e Salário Digno”. A pauta tem 152 cláusulas, econômicas e sociais, com destaque para: reposição integral da inflação, aumento real de salário, valorização dos pisos, licença-maternidade de 180 dias e jornada de 40h, entre outras.
Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e da CNTM/Força Sindical, disse aos empresários que não há razão para o setor patronal endurecer nesta campanha salarial.
“No primeiro semestre tivemos 97% dos reajustes negociados, de janeiro a junho, acima da inflação. O Brasil tem uma boa perspectiva de crescimento e a indústria foi beneficiada por medidas de incentivo à produção, com o apoio do movimento sindical e da classe trabalhadora. O cenário econômico é, portanto, favorável à luta dos sindicatos por aumento de salário e avanços na campanha salarial”, argumenta Miguel Torres.
Para ele, o empresariado precisa pensar no setor metalúrgico como um todo. “Trabalhador com aumento real gira a economia, pois consome mais, a produção aumenta e o País se fortalece para enfrentar os períodos de crise”, explica Miguel Torres.
Para Claudio Magrão, presidente da Federação dos Metalúrgicos, “os empresários receberam vários incentivos e aportes do Governo, agora é a hora de uma contrapartida para os trabalhadores”, avisa.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, José Pereira dos Santos, diz: “A indústria ganhou incentivos com a redução do IPI e a desoneração da folha de pagamento. Agora é hora da contrapartida aos trabalhadores. Queremos reposição das perdas e aumento real”.
Pereira enfatiza que as reuniões com os grupos patronais iniciam ainda esta semana. “Esperamos que até 31 de outubro, que é a data limite das nossas negociações, possamos ter finalizado toda a campanha, com a vitória dos metalúrgicos”.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, afirma que os sindicatos e a categoria estão firmes no propósito de conquistar o aumento real.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Jorge Nazareno, a categoria entra nas negociações “para fortalecer a luta dos companheiros do interior e do ABC e para cobrar os patrões nosso aumento real e direitos da Convenção Coletiva”, afirmou.
Por Assessorias de Imprensa da CNTM, Federação dos Metalúrgicos de SP, Agência Sindical e Metalúrgicos de Osasco
Miguel Torres organiza assembleia salarial – Antes da entrega da pauta, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes já havia realizado nesta terça-feira, 25, mais assembleias de mobilização da Campanha Salarial 2012, com destaque para a feita em frente à Delga, na Lapa de Baixo, zona oeste da capital, com presença do presidente do Sindicato e da CNTM/Força Sindical Miguel Torres.
Paulo Segura
Miguel Torres em cima do caminhão de som conversa com os trabalhadores da Delga