Protesto na Ponte do Socorro – foto Anderson Prado
Os metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes fizeram manifestações nas ruas e em portas de fábricas em todas as regiões.
Na zona sul da capital, os trabalhadores se concentraram em frente à fábrica de motores MWM, na Avenida das Nações Unidas, de onde saíram em passeata até a Ponte do Socorro, juntando-se a trabalhadores metalúrgicos e de outras categorias em um grande ato de repúdio às propostas do governo que impõe idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres e reduz o valor dos benefícios, entre outras agressões aos direitos da classe trabalhadora.
O ato reuniu cerca de oito mil trabalhadores, com presenças de sem-tetos, dirigentes da Força Sindical, CSP-Conlutas, CGTB, químicos da CUT, professores e metroviários, que se revezaram nos discursos contra o governo e em defesa da classe trabalhadora, sobretudo das mulheres.
Direitos ameaçados
“Neste dia de luta, é importante que cada trabalhador tenha consciência de que é a sua participação que vai barrar as reformas. O que está em jogo são os nossos direitos. Vamos mostrar para o governo que estamos nas ruas porque não aceitamos nem um direito a menos”, afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo/Mogi das Cruzes, Jorge Carlos de Morais, o Arakém.
De olho nos deputados
Os trabalhadores mandaram também um recado aos deputados federais e senadores: “quem vota contra os trabalhadores não merece o nosso voto”. Ano que vem, 2018, é ano eleitoral e o troco será dado nas urnas.
Em Fortaleza
O presidente do Sindicato e da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), Miguel Torres, vice-presidente da Força Sindical, participou de manifestação em Fortaleza e reafirmou o slogan Nem um direito a menos. “Estas reformas vão mexer com a vida das pessoas, por isto nossa luta é de resistência até a derrubada dos projetos do governo no Congresso Nacional”, afirmou. Miguel Torres e o diretor Maurício Forte foram para Fortaleza para participar do 5º Congresso da Força Ceará e se juntaram ao protesto nas ruas.
Diretores e equipes
Os diretores do Sindicato e suas equipes, responsáveis pela mobilização dos trabalhadores na zona sul (Teco, Carlão, Jamanta, Nivaldo, José Silva, Lourival, Cristina e Tito) puxaram a mobilização, destacaram que a reforma vai prejudicar muito as mulheres, valorizaram o trabalho da mulher e lembraram que “são os trabalhadores que contribuem para alavancar a economia deste País”.
Nas regiões
As manifestações começaram antes do dia amanhecer. Às 4h30, foi feita uma grande assembleia na Deca/Duratex, na zona oeste da capital, puxada pelo diretor do Sindicato Ceará, com participação do deputado Paulinho da Força (presidente da central), Arakém (secretário-geral do Sindicato), Elza Costa (diretora financeira do Sindicato), Xepa (diretor), Tadeu Morais (vice-presidente), Juruna (secretário-geral da central) e Geraldino (secretário de relações sindicais da central).
Nas demais regiões, em Mogi das Cruzes e Guararema as assembleias e passeatas foram comandadas pelos diretores Chico Pança, Germano, Sales, Alemão, Porfírio, Erlon (zona oeste); Adnaldo, Alsira, Curió e Maloca (zona norte); Ninja, Maurício Forte, Rubens, Bombeirinho, Adriano Lateri, Zé Luiz, Nelson, Josias, Mixirica, coordenador Noel (zona leste 1); Mala, Zé Silva, coordenador Mazuti (zona sul); Rodrigo, Donizeti, Uélio, Emerson e Yara (zona leste 2); Ester (Guararema), Silvio e Paulão (Mogi).
O Dia Nacional de Luta seguiu com outras manifestações de várias categorias e movimentos sociais na região central da cidade e na Avenida Paulista.
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