Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

O Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes deu início à Campanha Salarial 2014 em um encontro com cerca de 500 delegados e delegadas sindicais para discutir e aprovar a pré-pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2014.

O encontro foi realizado no auditório do Palácio do Trabalhador, sede do Sindicato, na Liberdade, São Paulo, neste sábado, 23 de agosto. Entre os principais itens, destacam-se: aumento real de salário (acima da inflação), valorização dos pisos, garantia de emprego e estabilidade ao delegado sindical, entre outras cláusulas sociais e econômicas.

“Estamos entrando numa crise pesada, com baixa produção nos setores de autopeças, máquinas e eletroeletrônicos, e queda nas vendas. Mas não vamos abrir mão do nosso aumento real, que é o que livra o País da crise. Com dinheiro no bolso, os trabalhadores compram, o comércio vende, as fábricas produzem. Vamos, portanto, buscar um aumento considerável para manter a economia em pé”, afirmou Miguel Torres, presidente do Sindicato, CNTM e Força Sindical.

Dea Segura

Miguel Torres coordena encontro sobre pauta de reivindicações dos metalúrgicos

Após uma apresentação dos dados econômicos levantados pelo Dieese sobre inflação, taxas de juros no patamar de 11%, sem previsão de queda, PIB (Produto Interno Bruto) baixo e emprego em queda na indústria metalúrgica, os trabalhadores foram divididos em quatro grupos de discussão e apresentaram seus relatórios, aprovados na plenária final.

No dia 5 de setembro, o Sindicato realizará a assembleia geral de aprovação da pauta. Miguel Torres propôs durante a Campanha a realização de reuniões regionais para mobilizar a categoria e aumentar a pressão para que as negociações avancem. “Vamos fazer uma Campanha forte”, disse.

A Campanha Salarial é unificada entre os 54 sindicatos de metalúrgicos filiados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP, representando cerca de 750 mil trabalhadores com data-base em 1º de novembro. No dia 9 de setembro, as entidades vão entregar a pauta de reivindicações à Fiesp e demais grupos patronais.

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