Fotos de Jaélcio Santana e Paulo Segura
Diante da falta de uma contraproposta de aumento real dos grupos patronais, os trabalhadores metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes decidiram, em assembleia realizada nesta sexta-feira, 31 de outubro, ir à greve e pressionar as empresas pelo aumento real de salário.
Na próxima segunda-feira, 3 de novembro, o Sindicato enviará carta de greve às empresas comunicando a decisão da assembleia e dando prazo de 72 horas para a abertura de negociação. “A empresa que não negociar será paralisada”, disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, também presidente da CNTM e Força Sindical.
A proposta de greve foi aprovada por unanimidade pelos cerca de 1.100 trabalhadores presentes à assembleia, realizada no auditório do Sindicato, no bairro da Liberdade.
Antes da votação, o departamento econômico do Sindicato apresentou os dados da economia: baixo crescimento do PIB, inflação e juros em alta, crédito mais caro, e a expectativa de aumento de preços dos produtos e das tarifas públicas.
“Sabemos que a situação econômica está difícil, mas sabemos também que sem aumento de salário vai ficar pior. Os patrões jogaram a crise na mesa de negociação e vamos responder com greve”, afirmou Miguel Torres.
A categoria reúne cerca de 260 mil trabalhadores, com data-base em 1º de novembro.
Paulo Segura
Miguel Torres lidera assembleia decisiva
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