Home Notícias Sindicatos Metalúrgicos de Mococa/SP Metalúrgicos de Mococa e Região participam da plenária em Brasília de atualização da pauta da classe trabalhadora
23 maio 2024
Metalúrgicos de Mococa/SP
O Sindicato dos Metalúrgicos de Mococa e Região participou em Brasília, 22 de maio de 2024, da plenária das centrais sindicais de aprovação e atualização das prioridades da pauta da classe trabalhadora elaborada pela Conclat 2022.
O presidente do Sindicato, Francisco Sales Gabriel Fernandes, Chico, também vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP, esteve presente com os demais companheiros neste momento histórico. “O governo Lula já colocou em andamento algumas de nossas propostas: a política de valorização do salário mínimo, a igualdade salarial entre mulheres e homens em uma mesma função e a isenção de imposto de renda para mais pessoas, sendo que a promessa é isentar quem ganha até R$ 5 mil”, diz Chico do Sindicato.
Mas precisamos avançar muito mais, pois sabemos que temos no Congresso Nacional uma maioria neoliberal, voltada aos interesses do capital, do rentismo e do patronato, em um sistema que só visa o lucros e nunca o bem-estar dos trabalhadores e trabalhadoras. “Uma questão importante é mudarmos essa correlação de forças. Precisamos de mais representantes políticos voltados ao social, ao trabalhismo e ao desenvolvimento produtivo com geração de empregos e trabalho decente”, argumenta Chico.
Do contrário, se os parlamentos federais, estaduais e municipais continuarem com este perfil conservador e retrógado, os direitos da classe trabalhadora continuarão sendo atacados, reduzidos e extintos. Não podemos aceitar retrocessos!
A nova pauta da classe trabalhadora, aprovada no dia 22 em Brasília, será entregue aos poderes Legislativo e Judiciário e aos ministérios do Governo Federal com o objetivo de abrir diálogo. Entre os principais itens destacamos: a redução da jornada, a valorização da negociação coletiva, a tributação progressiva justa, o direito à negociação coletiva e o respeito às assembleias e ao movimento sindical, além de uma série de outras questões.
Clique aqui e acesse as prioridades 2024 da CONCLAT
PAUTA DA CLASSE TRABALHADORA
EMPREGO, DIREITOS, DEMOCRACIA E VIDA
PRIORIDADES PARA 2024
Brasília, 22 de maio de 2024
Em 2022 as Centrais Sindicais lançaram a PAUTA DA CLASSE TRABALHADORA, documento no qual apresentaram 63 diretrizes para o desenvolvimento brasileiro a partir da perspectiva do mundo do trabalho.
A Pauta é fruto dos debates feitos nas bases de cada Central Sindical e consolidados nos documentos dos respectivos Congressos. A diversidade de propostas e posicionamentos foram reunidos em um documento base, que foi debatido em cada Central Sindical. As propostas recebidas foram novamente consolidadas e lançadas na Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, realizada em abril de 2022.
Desde 2023 até o presente muitas propostas apresentadas na Pauta da Classe Trabalhadora foram encaminhadas pelo Governo Federal como, por exemplo: a retomada da política de valorização do salário mínimo; a política de igualdade salarial entre mulheres e homens nos locais de trabalho; a retomada ampliada do Bolsa Família; a recuperação dos espaços de participação institucional; a política de combate à fome e à pobreza; a correção da tabela de imposto de renda; o projeto elaborado na Mesa Nacional de Negociação que trata da regulação da proteção dos trabalhadores mediados por aplicativos; o grupo de trabalho para tratar da valorização da negociação coletiva e da atualização do sistema sindical e a regulamentação do direito de negociação dos servidores públicos, entre outros.
Essa é uma Pauta coletiva e a nossa referência para as lutas, mobilizações, negociações e atuações institucionais em nível nacional, regional e setorial.
Atualizamos na Plenária Nacional 2024 organizada pelas Centrais Sindicais, realizada em Brasília no dia 22 de maio, a Pauta da Classe Trabalhadora com as prioridades para a atuação sindical no ano 2024.
1. Atuar no enfretamento e superação da tragédia climática e ambiental ocorrida no Estado do Rio Grande do Sul, implementando as propostas apresentadas pelas Centrais Sindicais que estão reunidas no documento “Enfrentamento da mudança climática e da emergência ambiental, perspectiva do trabalho, do emprego, da renda e dos direitos: respostas emergenciais e transformações estruturais a partir da tragédia do Rio Grande do Sul”.
2. Encaminhar junto aos governos e órgãos competentes, com a participação das representações setoriais das entidades de base das Centrais Sindicais, as reivindicações e propostas das categorias dos diversos setores econômicos, privados e públicos.
3. Atuar para a implementação das políticas de desenvolvimento produtivo, criando e fortalecendo os instrumentos do Estado brasileiro para atuar como agente promotor do desenvolvimento econômico e socioambiental sustentáveis, com destaque para o papel estratégico dos bancos, empresas e serviços públicos, atendendo as características de diversidades dos territórios para o desenvolvimento local e regional.
4. Fortalecer as políticas de desenvolvimento para as micro, pequenas e médias empresas, a economia solidária e popular e as cooperativas, com destaque ao apoio tecnológico, crédito, assistência técnica e administrativa.
5. Ampliar os investimentos em pesquisa, inovação, ciência e tecnologia, articulados com a geração de empregos de qualidade e regulamentar o art. 7º, inc. XXVII, da Constituição, que prevê a proteção dos trabalhadores frente a inovações tecnológicas.
6. Atuar para a implementação do Plano Nacional da Educação.
7. Fortalecer o SUS (Sistema Único de Saúde) e as políticas de saúde e segurança no trabalho.
8. Aprovar a reforma tributária que trata da renda, orientada pela progressividade dos impostos sobre renda e patrimônio, aumento da tributação sobre grandes heranças e riquezas, lucros e dividendos.
9. Fortalecer a política de moradia popular e de implementação do Plano Nacional de Saneamento Básico.
10.Combater todas as formas de desigualdades e apoiar as políticas de enfretamento e superação dessas iniquidades.
Trabalho, Emprego e Renda
11.Ampliar as políticas ativas de geração de trabalho e renda para enfrentar o desemprego, o subemprego, a rotatividade e a informalidade, orientadas pelos princípios do Trabalho Decente, conforme definição da OIT, com atenção especial para mulheres, população negra, juventude, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência.
12.Recuperar direitos trabalhistas, previdenciários e sociais retirados nos últimos anos.
13.Reduzir a jornada de trabalho, sem redução de salário e com controle das horas extras, eliminando as formas precarizantes de flexibilização da jornada.
14.Aprovar o Projeto de Valorização da Negociação Coletiva no setor privado e público (Convenção 151 OIT) e de Atualização do Sistema Sindical, fundado na autonomia sindical, visando a incentivar as negociações coletivas e a regulando para o setor publico, promover solução ágil dos conflitos, garantir os direitos trabalhistas, assegurar o direito à greve e coibir as práticas antissindicais, favorecendo a reestruturação da organização sindical para ampliar a representatividade e a organização em todos os níveis, estimulando a cooperação sindical entre os trabalhadores e o respeito às assembleias, inclusive com o financiamento solidário e democrático da estrutura sindical.
15. Aprovar o Projeto PLC 12/2024 que regulamenta os direitos trabalhistas, previdenciários e sindicais dos trabalhadores mediados por plataformas no transporte de pessoas.
16.Implementar, por meio da negociação coletiva, nos acordos e convenções coletivas a Lei de Igualdade Salarial (Lei14.661/2023) entre mulheres e homens nos locais de trabalho.
17.Fortalecer o Ministério do Trabalho e Emprego como coordenador do sistema público de trabalho, emprego e renda para garantir formação e qualificação profissional; intermediação pública de mão de obra; seguro-desemprego; política de transição escola
trabalho para jovens; combate aos acidentes e doenças do trabalho; proteção e fiscalização das relações de trabalho, assegurando a aplicação dos direitos trabalhistas e previdenciários; combate às fraudes no uso de PJs (Pessoas Jurídicas) e MEIs (Microempreendedor Individual); e combate vigoroso ao trabalho infantil e ao trabalho análogo ao escravo.
18.Recuperar o poder de compra de aposentados e pensionistas.
19.Instituir a Política Nacional de Cuidados.
20.Fortalecer o FAT – Fundo de Amparo ao Trabalhador como financiador das políticas públicas de emprego, trabalho e renda e de lastro para o BNDES, eliminando as transferências deste Fundo para o financiamento da previdência social e fortalecer o FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, na proteção do trabalhador e no financiamento de políticas de moradia, saneamento e infraestrutura social.
Central Única dos Trabalhadores
Força Sindical
União Geral dos Trabalhadores
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Nova Central Sindical de Trabalhadores
Central dos Sindicatos Brasileiros
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Publica Central do Servidor
Campanha Salarial 2020: Hora de ressurgirmos das cinzas!
27 ago 2020
Sindicato dos Metalúrgicos de Mococa divulga jornal da conquista salarial 2012
23 nov 2012