Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos de Jundiaí e Piracicaba em estado de greve

Metalúrgicos de Jundiaí aprovam estado de greve  

Por Assessoria de Imprensa de Jundiaí 

Os metalúrgicos, em Campanha Salarial, decidiram, em assembleia realizada há pouco no Sindicato, aprovar o estado de greve da categoria em Jundiaí, Várzea Paulista e Campo Limpo Paulista. Ficou definido ainda que os trabalhadores paralisarão as atividades nos setores em que não houver uma contraproposta salarial satisfatória dos patrões.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Jundiaí e região, Eliseu Silva Costa, a categoria terá como parâmetro a proposta apresentada pelo setor de autopeças, que prevê aumento salarial de 9%. Isso significa um aumento real de 4,51%, considerando-se 4,53% de inflação no período. Nos Pisos salariais, o aumento será ainda maior. Nas empresas com até 149 empregados, o Piso subirá 14%. Nas empresas acima de 150 empregados, o Piso vai subir 12%. Outra conquista importante é o abono salarial, que será de 24%, com pagamento em 3 e 17 de dezembro. O aumento salarial real no setor de autopeças, em 2009, foi de 2,71%. O aumento deste ano, de 4,51%, é quase o dobro do índice alcançado nas negociações do ano passado.

A assembleia também deliberou pela decretação de greve nas empresas de outros setores, caso os grupos patronais não apresentem uma proposta salarial decente. “A assembleia foi declarada em estado permanente, e poderá ser convocada a qualquer momento para decidir pela greve, caso as empresas se recusem a negociar e os sindicatos patronais não apresentem novas contrapropostas, mais condizentes com o crescimento da economia”, acrescentou.

O presidente lembrou que os patrões estão dificultando as negociações, mesmo diante dos argumentos em relação aos elevados índices de horas extras, produtividade e crescimento do PIB, que pode chegar a 8% este ano. “Estamos num momento decisivo da campanha e vamos firmes pra cima, até a conquista do aumento que queremos”, disse.

Dificuldades

De acordo com Eliseu, as maiores dificuldades estão nas negociações com o chamado o Grupo 2, formado pelo Sindmaq (Sindicato Nacional da Indústria de Máquinas) e o Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Estado de São Paulo). Por isso, foi estipulada a quarta-feira, dia 3, como data-limite para a apresentação de uma contraproposta.

“Vamos tolerar até quarta, se não avançar, vamos iniciar greve em todo Estado de São Paulo”, alertou, recordando que nos anos anteriores também houve problemas nas negociações com esse segmento.

“Esse grupo patronal todo ano trava as negociações. Por isso chegou a hora de mobilizarmos e mostrarmos a força do trabalhador. Se não trouxerem uma proposta que contemple nossa reivindicação, de acordo com o crescimento econômico do período, vamos para a paralisação nesse segmento, somente assim os empresário dimensionarão o tamanho da importância do trabalhador na relação capital-trabalho, pois com a produção paralisada eles terão de ceder ao aumento justo que a categoria reivindica, já que não há como não perceber o crescimento econômico do setor”.

Metalúrgicos de Piracicaba rejeitam proposta patronal e decretam ´´estado de greve´´

Por Assessoria de Imprensa de Piracicaba 

Desde a quinta-feira à noite os trabalhadores metalúrgicos de Piracicaba e região estão em ´´estado de greve´´ devido às negociações com o sindicato patronal para o dissídio da categoria, 1º de novembro.

Reunidos em Assembleia, no clube do Sindicato dos Metalúrgicos, os trabalhadores decidiram rejeitar a contraproposta patronal de reajuste de 6,5%.

O presidente do Sindicato, José Luiz Ribeiro, disse que a categoria espera por um índice melhor, que reflita o excelente momento econômico que vive o Brasil e, em especial, a cidade de Piracicaba.

´´As empresas estão produzindo, os trabalhadores fazendo hora extra, por isso a expectativa é que os empresários reconheçam o esforço e a capacidade dos trabalhadores´´, disse durante a Assembleia.

O sindicalista lembrou que, nos anos anteriores a desculpa patronal era a crise, que foi motivo de milhares de demissões na categoria. ´´Este ano não tem desculpa. As empresas estão contratando, produzindo, expandindo suas unidades´´, explicou, lembrando também que Piracicaba é destaque, em nível nacional, por ser uma cidade que exporta para todo o mundo.

´´As manchetes mostram que a cidade exporta, que a indústria vai bem. Os trabalhadores merecem a recompensa´´, disse.

Durante a Assembleia os trabalhadores aprovaram a renovação das cláusulas sociais por mais dois anos. Essas cláusulas são importantes e, entre elas, destacam-se a estabilidade ao trabalhador acidentado ou portador de doença profissional, fornecimento de refeição, transporte, café da manhã, garantias ao trabalhador em vias de aposentadoria, fornecimento de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).

ESTADO DE GREVE

Os trabalhadores metalúrgicos de Piracicaba e região estão em ´´estado de greve´´. Isso significa que o Sindicato está desencadeando uma série de manifestações nas empresas, com Assembleias e pequenas paralisações, consideradas ainda de ´´advertência´´.

Hoje o Sindicato já está realizando essas manifestações. O presidente José Luiz Ribeiro lembrou que a categoria deve permanecer atenta e unida.

As negociações com o sindicato patronal continuam.

Fonte: www.fedmetalsp.org.br