Crédito: Força Sindical-RJ
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Os Sindicatos dos Metalúrgicos de Duque de Caxias e do Sul Fluminense promoveram paralisações em suas bases neste 29 de setembro, Dia Nacional de Luta e Paralisações em Defesa dos Direitos. Mobilizações aconteceram por todo o país, em defesa da aposentadoria e contra a reforma na Previdência; em defesa dos direitos trabalhistas; contra o desemprego e a terceirização; por saúde, educação, moradia e transporte dignos para todos; contra o desmonte da Justiça do Trabalho e pela redução da taxa de juros.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Duque de Caxias e Região, Carlos Fidalgo, presidente da Força RJ, paralisou por mais de duas horas a jornada, no turno da manhã, na Marcopolo Rio, montadora de ônibus localizada em Xerém, em Caxias. Com o carro de som da Federação dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, diretores do Sindicato entraram no pátio da empresa e passaram a esclarecer os trabalhadores sobre os projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional que ameaçam direitos trabalhistas, as causas do desemprego, entre outros temas. “Mais de mil metalúrgicos pararam para escutar o que tínhamos a dizer. A convenção coletiva garante ao Sindicato o direito de entrar na fábrica para falar com os trabalhadores e foi o que fizemos. Essa mobilização nacional, rumo à greve geral, é muito importante para que os empresários percebam que estamos atentos e não vamos aceitar retrocessos”, afirmou Carlos Fidalgo.
Já a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense se concentrou na entrada da Peugeot, em Resende, evitando a entrada dos trabalhadores do turno da manhã. O presidente Silvio Campos e o diretor Renato Soares passaram a informar aos trabalhadores sobre os riscos aos direitos da classe trabalhadora que se escondem na reforma trabalhista proposta pelo governo federal e em dezenas de projetos de lei hoje em tramitação no Congresso. “Agora, mais do que nunca, é preciso que os trabalhadores e a sociedade permaneçam unidos para lutar em defesa dos direitos trabalhistas e sociais. As ameaças afetam principalmente as próximas gerações, já que retiram direitos, prejudicando a qualidade de vida de todos”, ressaltou Silvio Campos.
A proposta deste Dia Nacional de Luta e Paralisações em Defesa dos Direitos foi decidida em 8 de setembro, em reunião no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, com a presença de dirigentes metalúrgicos e entidades de todas as centrais sindicais, com distintas posições políticas e reafirmada em 12 de setembro pelos dirigentes da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e das Federações filiadas. “Embora seja uma iniciativa dos metalúrgicos, sindicatos de outras categorias nos apoiaram nessa luta, reconhecendo que ela é de toda a classe trabalhadora”, finalizou Silvio Campos.