Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Após intensas rodadas de negociação, diversas assembleias e três propostas reprovadas, os trabalhadores da Mitsubishi, Weldmatic e RCM aprovaram o acordo coletivo de trabalho que garante aumento real de salário. Entre a categoria metalúrgica, o acordo de Catalão é um dos maiores do País.

Ele prevê reajuste salarial de 8%; abono de R$ 3.500; prêmio de R$ 2 mil; vale alimentação de R$ 300; cesta de Natal de R$ 700 + diferença do mês de novembro; piso salarial passa de R$ 1.300 para R$ 1.450 (MMC e Weld); adicional noturno passa de 30% para 31%; abono de 24% (referente a diferença salarial dos meses de novembro e dezembro e 13° salário); auxílio creche de 18% do piso. O prêmio será pago em março/2015, já o pagamento dos outros benefícios acontece no próximo dia 19.

Esta foi a segunda campanha salarial mais complicada, perdendo somente para a primeira, no ano da fundação do Sindicato, em 2004. “O cenário este ano não estava tão favorável para os trabalhadores e, como uma estratégia, a empresa trouxe novos negociadores na tentativa de frear os avanços que temos conquistado a cada ano”, explica o secretário geral do SIMECAT, Thiago Cândido.

Segundo o presidente Carlos Albino, os trabalhadores definitivamente viraram a balança, tema central desta campanha salarial. “Foi uma batalha árdua, mas agora todos nós estamos satisfeitos com o resultado. Essa conquista é mérito de todos os trabalhadores que estiveram firmes conosco na luta”, afirma aliviado. O acordo vai beneficiar cerca de 4 mil trabalhadores. A campanha salarial dos metalúrgicos teve início no dia 1° de outubro.

Mobilizações

Desde o mês de outubro, o Sindicato e os trabalhadores se mantiveram unidos e mobilizados em prol do reajuste de salário. O resultado alcançado demonstra que as paralisações e mobilizações influenciaram positivamente nas negociações. Durante todo o período, o SIMECAT recebeu apoio de sindicatos locais, regionais e de todas as partes do País. O presidente nacional da Força Sindical, Miguel Torres, também esteve em Catalão para apoiar a luta dos metalúrgicos.

Todas as ações dos trabalhadores foram decisivas para esta conquista significativa. Eles ‘deram as costas’ para a empresa num ato de repúdio, logo no início das negociações. Em seguida, cruzaram os braços por mais de quatro horas na porta da montadora. E para intensificar a luta, eles fizeram um panelaço, onde percorreram as principais avenidas da cidade batendo panela.

Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT