Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

O SIMECAT (Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão) realizou no dia 26 de maio, na porta da empresa Mitsubishi de Catalão, Assembleia Geral em apoio ao companheiros em greve da unidade da Volks em Curitiba. Os trabalhadores da Volkswagen no Paraná decidiram manter a greve na unidade de São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba).

Para Carlos Albino, presidente do SIMECAT, esta é a hora de demonstrar a união dos companheiros metalúrgicos de todo o País. “Não podemos aceitar que as empresas façam as coisas da maneira que bem entenderem. Os companheiros do sindicato de Curitiba podem contar com o apoio dos metalúrgicos de Catalão para o que der e vier”, disse Carlos.

A fábrica, que produz os modelos Fox, Golf e CrossFox, está parada desde o dia 5 de maio. A greve, portanto, chega ao seu 23º dia e se torna a mais longa da história da unidade. Em 2009, outra paralisação durou 21 dias.

Até agora, cerca de 12 mil veículos deixaram de ser produzidos por causa da manifestação. Concessionárias da Volkswagen no país já se preocupam com a possível falta desses modelos nas lojas.

Os funcionários da unidade reivindicam aumento na PLR (Participação nos Lucros e Resultados) proposta pela empresa – de R$ 4.600 para R$ 6.000 (valor da primeira parcela).

O presidente da Força Sindical Goiás e vice-presidente do SIMECAT, Rodrigo Alves, o Rodrigão, destaca a importância da união entre os sindicatos em um momento delicado como esse que atravessa os trabalhadores de Curitiba. “Estamos sempre juntos na alegria e agora nesse momento delicado estamos mais unidos do que nunca. Nós da Força Goiás vamos fazer o que pudermos para ajudar os companheiros da Volks de Curitiba”, enfatizou Rodrigão.

Desde o início da greve, duas tentativas de acordo entre trabalhadores e empresa foram intermediadas pela Justiça do Trabalho, mas não houve consenso. O conflito agora está no Tribunal Regional do Trabalho, que deve decidir o valor do benefício.

A próxima sessão para julgar o caso está marcada para o dia 6 de junho, mas é possível que uma sessão extraordinária seja convocada.

Por Thamires Moreira
Assessoria de Imprensa
com informações da Folha de S. Paulo