Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Notícias

Metalúrgicos da Grande Curitiba param por 24h e ameaçam greve por tempo indeterminado

Cerca de 10 mil metalúrgicos das montadoras Renault/Nissan e Volkswagen/Audi, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), pararam todas as atividades na manhã desta segunda-feira (1º), em repúdio a uma proposta de reajuste salarial formulada pelas empresas.

Cláudio Grann, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), explica que a paralisação é de advertência e deve durar inicialmente 24h, enquanto a categoria aguarda novas propostas das montadoras para decidir se mantêm os braços cruzados. “Faremos assembléias na manhã desta terça-feira (2). Se não houver acordo, deflagraremos greve por tempo indeterminado”, afirma.

O SMC pede aumento de 13% de reajuste salarial, dos quais 8% corresponderiam a perdas inflacionárias e 5% a aumento real; além de abono de R$ 1,5 mil. Na última terça-feira (26), os metalúrgicos votaram, em assembléia, negociar diretamente com as montadoras, independentemente do Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Sinfavea), entidade patronal que representa as empresas, já que as últimas três reuniões entre a SMC e a Sinfavea haviam terminado sem acordo.

De acordo com Grann, as propostas avaliadas pelos funcionários das três empresas na manhã desta segunda-feira foram iguais: os 8% das perdas inflacionárias e 0,5% de aumento real, sem abono. “As propostas foram reprovadas por 100% dos trabalhadores”, diz Grann.

A Volkswagen/Audi, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a empresa não se pronunciará sobre o assunto. A Volvo informou que está conversando com os metalúrgicos, mas que não iria dar detalhes sobre as negociações enquanto não houvesse um acordo. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Renault e ainda aguarda um retorno.