Os quase 800 mil metalúrgicos da Força Sindical no Estado de São Paulo chegam ao 10º ano consecutivo de aumento real de salário. A conquista já foi aprovada em diversas assembleias. Em Guarulhos, o acordo foi aprovado na noite de sexta (25). Em São Paulo e Osasco, a categoria aprovou os aumentos em assembleias domingo (27) de manhã.
Números – Os acordos garantem reajustes de 8%, a partir de 1º de janeiro (alguns grupos concederão 7,5% e mais 0,5%), e abonos salariais de 20 a 22% do salário vigente em outubro deste ano. Empresa que antecipar o pagamento do reajuste para novembro não precisará pagar o abono salarial negociado.
Ganhos – Se confirmada a inflação acumulada de 5,52% (INPC), o aumento real ficará em torno de 2,3% (foi 1,9% em 2012). E o ganho real acumulado em uma década somará cerca de 32%. Até o momento, em nove anos, o acumulado está em 29,65%.
A categoria aprovou abonos salariais, entre 20 e 22% do salário. Serão pagos em duas parcelas, a partir de dezembro. Os acordos com os grupos patronais fixam teto para aplicação do reajuste.
Pereira – José Pereira dos Santos, presidente dos metalúrgicos de Guarulhos e região, destaca o aumento real acima de 2%. Para o sindicalista, os ganhos salariais fortalecem o mercado interno. “E mercado interno forte também é fator de soberania nacional”, ele afirma.
Miguel – Com a casa lotada, os metalúrgicos de São Paulo aprovaram os acordos salariais e apontaram lutas futuras, entre as quais a exigência de redução do desconto no Imposto de Renda sobre os salários. “Sem essa recomposição, que está em mais de 62%, o metalúrgico corre o risco de ter perda salarial em janeiro”, alerta o presidente Miguel Torres.
Base – Uma das marcas da campanha salarial dos metalúrgicos este ano foi a forte participação da base. Os três principais Sindicatos (São Paulo, Guarulhos e Osasco) fizeram cerca de 1,5 mil assembleias de campanha, em fábricas de todos os portes.
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