Mais de 200 dirigentes metalúrgicos, das 156 entidades (147 Sindicatos e 9 Federações) filiadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM/Força Sindical), que representam cerca de 1,2 milhão de trabalhadores metalúrgicos de todos os estados brasileiros, decidiram em Seminário intensificar a luta pela manutenção dos empregos e pela retomada do desenvolvimento, com valorização da indústria nacional e do mundo do trabalho.
O presidente da CNTM e da Força Sindical, Miguel Torres, disse que o Seminário Nacional do Setor Metalúrgico, realizado em São Paulo nos dias 7 e 8 de outubro, “foi muito expressivo, pela qualidade das palestras e alto nível dos debates, em busca do fortalecimento das ações da Confederação e das Federações e Sindicatos filiados em defesa dos direitos trabalhistas e dos empregos na base metalúrgica”.
Jaélcio Santana
Miguel Torres
Box Mídia (Alessandro Fadini)
Mesa de abertura com a diretoria da CNTM
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Mesa de abertura com a diretoria da CNTM
Palestras e debates
Box Mídia (Alessandro Fadini)
Antonio Corrêa Lacerda
O evento contou com palestra de Antonio Corrêa Lacerda, professor-doutor de Economia da PUC/SP, na quarta, 7 de outubro, com o tema: “O Brasil diante da desindustrialização e o ajuste fiscal”. Para o professor, “o setor produtivo e a classe trabalhadora não podem pagar pela crise, pois o que o Brasil precisa, e tem condições de fazer, é investir na indústria e na qualificação profissional dos trabalhadores, garantindo a retomada do desenvolvimento econômico”. (CLIQUE AQUI E ACESSE APRESENTAÇÃO)
Mônica Veloso, vice-presidente da CNTM, falou sobre “Redes Sindicais e Fortalecimento da Ação Sindical”.
“Desempenho da Indústria Metalúrgica no Brasil”, foi o tema da palestra de Altair Garcia, da Subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) da Força Sindical. (CLIQUE AQUI E ACESSE APRESENTAÇÃO)
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Mônica Veloso
Jaélcio Santana
Toninho do Diap
Na quinta-feira, 8 de outubro, Antônio Augusto de Queiroz, analista político e diretor de Documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), falou sobre a “Pauta Trabalhista e os Desafios do Movimento Sindical em ambiente de crise”. Para ele, é fundamental o movimento sindical definir “diretrizes” para ter mais visibilidade perante a sociedade e mais representatividade no Congresso Nacional para defender os interesses da classe trabalhadora.
Outras participações de destaque foram a do jornalista Marco Damiani, que apresentou o site www.br2pontos.com, a do vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, Carlos Aparício Clemente, que falou sobre a luta do movimento sindical em defesa do emprego para pessoas com deficiência, e a de Kemal Ozkan, secretário-geral adjunto da IndustriALL, que destacou a importância da CNTM no cenário mundial e os desafios por mais sindicalização de trabalhadores em todo o mundo, fortalecimento do movimento sindical e fim do trabalho precário.
Propostas
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Miguel Torres
No encerramento do Seminário, os dirigentes metalúrgicos fizeram a leitura das propostas debatidas em três grupos de trabalho.
Estas propostas serão reunidas em apenas um texto e, em breve, encaminhadas pela diretoria da CNTM às Federações e Sindicatos filiados, para que façam, regionalmente, o aprofundamento dos debates sugeridos, e os encaminhamentos possíveis, e incentivem novas ações sindicais na base metalúrgica em defesa dos empregos e da industrialização do País.
As propostas, que também deverão ser encaminhadas aos governos executivos e parlamentares, giram em torno da intensificação de lutas em busca de:
• alternativas às demissões
• incentivos à produção industrial brasileira e mais recursos aos polos industriais em situação de risco
• um programa de renovação da frota automobilística contra a estagnação econômica
• qualificação e requalificação profissional para enfrentamento e superação da crise
• mais espaço para as mulheres em cargos de direção nas entidades sindicais
• investimento em saúde do trabalhador e combate aos acidentes e doenças profissionais (incluindo o banimento do amianto nas atividades produtivas) e manutenção na NR12 (norma regulamentadora) que prevê proteção em máquinas
• mobilização pela redução da jornada de trabalho e demais itens da Pauta Trabalhista e do Trabalho Decente
• mobilização maior da categoria por intermédio de materiais e práticas de comunicação sindical e intensificação das campanhas de sindicalização
• mais ações pela redução dos juros
• menos impostos ao setor produtivo e maior tributação dos grandes lucros e dividendos
• contribuições da base metalúrgica da CNTM à Comissão Especial que está elaborando no Congresso Nacional uma proposta sobre o financiamento da atividade sindical, para melhorar e fortalecer o movimento sindical e a luta dos trabalhadores pela manutenção dos direitos e pela retomada do desenvolvimento econômico e social do País.