Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos da Amsted-Maxion mantêm greve contra demissões

Os trabalhadores da unidade de Osasco da empresa metalúrgica Amsted-Maxion mantêm nesta quarta-feira, 17, a greve em protesto contra as demissões feitas pela empresa. Nesta manhã, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e da empresa também estão em negociação. O Sindicato reivindica que as 400 demissões já realizadas sejam revertidas e que não ocorram outras dispensas.

Os metalúrgicos vão manter a paralisação iniciada ontem, que interrompeu a produção de todo o dia, até que haja uma proposta satisfatória por parte da empresa. A Amsted já realizou demissões em suas duas outras unidades, no interior de São Paulo. Em Hortolândia, 700 trabalhadores já foram demitidos e em Cruzeiro, 400 metalúrgicos já estão desempregados e a empresa pretende dispensar outros 200. “A empresa está demitindo e não está garantindo estabilidade para quem fica”, disse o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno, lembrando que a luta envolve trabalhadores demitidos e aqueles que permanecem empregados.

A empresa incluiu entre os demitidos trabalhadores que têm estabilidade no emprego, vítimas de doenças ocupacionais e de acidentes de trabalho.

O Sindicato lembrou que a greve dos trabalhadores da Amsted é uma forma de protesto importante que dá mais força para as centrais sindicais e parlamentares ligados ao movimento sindical pressionarem o governo a encontrar medidas que “diminuam os impactos dessa crise porque o problema é generalizado”, enfatizou Jorge Nazareno.

Ontem, parlamentares como os deputados federais Claudio Magrão (PPS), Paulo Pereira da Silva (PDT) e João Paulo Cunha (PT) se manifestaram na Câmara a favor da manifestação de Osasco e cobraram medidas que coíbam o problema. “Juntos estamos tentando alternativas para manter empregos e buscando a redução da taxa de juros”, explicou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres.

A manifestação também conta com a solidariedade de outros sindicatos e da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), que fortalecem a unidade do movimento sindical pela manutenção dos empregos. Centrais como CUT e Força Sindical discutem medidas de resistência às demissões que acontecem também em outros setores da indústria metalúrgica. “Existe uma ofensiva pela retirada de direitos trabalhistas e flexibilização da CLT. A CUT e a Força Sindical estão juntas. Na 5ª Marcha da Classe Trabalhadora dissemos que não vamos aceitar que os trabalhadores paguem por essa crise”, disse o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves (Juruna), que enfatizou que a greve na Amsted “é uma importante demonstração de força para os trabalhadores vejam que é possível resistir. Estão demonstrando que é possível levantar a cabeça. A partir de agora, [trabalhadores de] várias empresas vão poder entender o mesmo”, incentivou.

A Amsted-Maxion fabrica vagões de carga e outros itens para o transporte ferroviário. É uma das maiores empresas de Osasco. Está localizada na r. da Estação, 131, no centro de Osasco (próximo à estação Osasco da CPTM).

Informações para a Imprensa:
Cristiane Alves
Imprensa – Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região
(11) 8107-4986/ 3651-7200

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região
(11) 8276-9308