Por quase quatro horas, os trabalhadores da Mitsubishi, Weldmatic e RCM suspenderam, na manhã desta segunda (01), as atividades na fábrica para realizar uma manifestação em favor da campanha salarial. A proposta de reajuste salarial ofertada pelas empresas não atendeu as expectativas dos metalúrgicos e para protestar, eles cruzaram os braços na porta da montadora.
Os metalúrgicos fizeram a paralisação de advertência para sinalizar a rejeição ao aumento proposto de 7,8%. Esta é a segunda proposta apresentada ao longo desta campanha salarial, e também foi rejeitada por unanimidade. Na rodada anterior, a empresa ofereceu 7,5%. “Temos consciência que o percentual pode e deve avançar, por isso estamos mobilizados e desenvolvendo ações para pressionar o patrão. Os trabalhadores merecem um reajuste digno.”, afirma Carlos Albino, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) e diretor da CNTM.
Além do aumento de 7,8%, os funcionários da Mitsubishi e da Weldmatic e RCM (prestadoras de serviço na montadora) reprovaram os valores dos benefícios: R$ 2.700 de abono; R$ 290 de auxílio alimentação; R$ 290 de cesta de Natal e R$ 1.900 de prêmio. Por isso, trabalhadores e sindicato redefiniram as estratégias para a mesa de negociação, entre elas a contraproposta de 9% de aumento de salário. “Vamos nos manter mobilizados, voltar pra mesa e discutir, se não avançar o caminho é partir para a greve”, ressalta Albino.
O SIMECAT deu um prazo de dez dias para a empresa agendar a próxima rodada de negociação. A pauta de reivindicação dos trabalhadores tem mais de 60 itens. O acordo coletivo deve beneficiar cerca de 4 mil metalúrgicos.
Panelaço
Para fortalecer a movimento, o SIMECAT organiza um panelaço no próximo sábado, às 9h30. A concentração começa no Posto JK, em seguida, os metalúrgicos percorrem as principais ruas do centro da cidade batendo panelas para chamar a atenção da população para a luta da categoria.
Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT
Acesse o site www.simecat.org.br