Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Notícias

Metalúrgico protesta com salsichada em frente a consulado


Agência Estado

SÃO PAULO – Cerca de 80 trabalhadores da empresa Bekun do Brasil, fábrica de máquinas para embalagens de plástico, localizada na zona sul da capital paulista, protestaram ontem em frente ao Consulado da Alemanha, na zona oeste de São Paulo, contra demissões e falta de pagamento de direitos trabalhistas.

Os trabalhadores, além dos dirigentes do Sindicato de Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, estiveram vestidos com roupas típicas da Alemanha e pretenderam sensibilizar o Consulado Alemão contra as demissões. Os manifestantes também montaram uma grelha em frente ao sindicato para distribuir salsichas, produto típico da Alemanha, às pessoas que passavam pelo local.

Aproximadamente 60 empregados foram dispensados no dia 20 de fevereiro, véspera do carnaval, e até agora nenhum deles recebeu os valores de indenização.

Desde o dia 3 de março, um grupo de trabalhadores demitidos da Bekun do Brasil ocupa um galpão da empresa, como forma de protesto. Os representantes da empresa e os empregados já participaram de uma audiência de conciliação na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), também no último dia 3, mas não chegou a haver acordo. Com isso, o TRT vai enviar o processo a julgamento, em data ainda a ser definida. O cônsul alemão para assuntos da imprensa, Nico Geide, saiu à porta do consulado para receber o presidente do sindicato, Miguel Torres.

Torres entregou ao cônsul uma carta com o ponto de vista e as reivindicações dos metalúrgicos. Geide afirmou que entregará essa carta ao Ministério de Relações Exteriores, de Berlim, explicando a situação, e que também entrará em contato com a empresa Bekun do Brasil para saber quais as intenções da empresa, mas advertiu: “A gente não pode intervir com algum sentido obrigatório na empresa, pois ela é uma entidade particular, não está ligada ao governo alemão”.

Os manifestantes deviam seguir, depois do protesto, para a empresa.

Procurada, a empresa Bekun do Brasil, não se pronunciou a respeito do caso até o final da tarde de ontem.