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Merkel diz que falará com Dilma sobre receio de excesso de liquidez

Chanceler quer tranquilizar a presidente brasileira sobre a grande injeção da capital pelo BCE

02 de março de 2012 | 11h 24

Danielle Chaves, da Agência Estado

BRUXELAS – A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou após o fim da cúpula da União Europeia que compreende os recentes comentários da presidente Dilma Rousseff sobre a grande injeção de liquidez do Banco Central Europeu (BCE) no mercado, que chamou de “tsunami” de dinheiro barato que pode criar novas bolhas.

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“Isso é exatamente o que queremos evitar”, disse Merkel, acrescentando que vai tranquilizar Dilma na reunião bilateral que terão na Alemanha na próxima semana. “Por um lado, posso entender os questionamentos dela. É por isso que direi a ela que planejamos usar este momento” para buscar reformas, “que certamente não implementaremos medidas similares novamente e que a liquidez será absorvida do mercado novamente”.

Na quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff fez fortes críticas às ações de países em crise que estão gerando um excesso de liquidez no mercado global. A presidente disse que “nos preocupamos com esses tsunami monetário”.

“Despejam US$ 4,7 trilhões ao ampliar de forma muito adversa, muito perversa, para o resto dos países, principalmente aqueles em crescimento, que são os países emergentes. Compensam essa rigidez fiscal com uma política monetária absolutamente inconsequente com o que ela produz sobre os mercados mundiais”, criticou Dilma.

A presidente alertou que é preciso entender “que teremos de criar outros instrumentos de combate dos processos que serão desencadeados por US$ 4,7 tri até hoje”. “Só ontem foi 1 trilhão de euros. Também tem o Japão praticando a mesma política monetária”, reforçou.

As críticas da presidente ocorreram durante a cerimônia de lançamento do “Compromisso Nacional para Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção”.

(Com informações da Dow Jones)