DCI
Anna Lúcia França-Juliana estigarríbia
São PauloWörth – Para fazer frente à Volks-MAN e recuperar a liderança no segmento de caminhões, a Mercedes-Benz tem duas estratégias: levar para dentro da fábrica seus principais fornecedores – Maxion, Randon e Seeber – e treinar funcionários na Alemanha. Na outra ponta, a italiana Fiat ignora a crise global e prepara um investimento de R$ 4 bilhões no Brasil.
Juarez de Souza Ferreira, Enéas Mendes e Michael Soares de Assis estão na Alemanha há quatro semanas e devem levar todo o conhecimento obtido na maior fábrica da Mercedes no mundo aos seus colegas do interior de Minas Gerais. O motivo é a mudança da produção de automóveis, no local, para a de caminhões e faz parte da estratégia da gigante alemã de obter a liderança no mercado brasileiro de veículos comerciais, especialmente de caminhões, hoje fortemente disputado com a Volkswagen-MAN e a Scania.
Além de funcionários treinados, a Mercedes quer se tornar ainda mais eficiente. Por isso, vai levar para dentro da nova fábrica seus principais fornecedores. A Maxion terá uma área de 3 mil metros quadrados para montar longarinas (vigas básicas do eixo do caminhão). A Randon ocupará 4,5 mil metros quadrados para montar kits periféricos. A Seeber contará com 8 mil metros quadrados para a parte de pintura e peças plásticas.
Já a Fiat deve elevar os investimentos previstos à sua segunda fábrica no Brasil em até R$ 1 bilhão em meio para possível expansão de 25% da capacidade do projeto. Com isso, a empresa fará aportes de R$ 3,5 bilhões a R$ 4 bilhões para produzir 250 mil veículos por ano em Pernambuco.