PREVISÃO DE VIDA DOS BRASILEIROS, EM MÉDIA, CRESCEU TRÊS ANOS EM UMA DÉCADA, REVELA O IBGE. PARA MULHERES, EXPECTATIVA É DE 76 ANOS
RIO – A expectativa de vida do brasileiro ao nascer aumentou 3,4 anos em uma década, chegando a 72,7 anos, em média, no ano passado. Em 1997, ela era de 69,3 anos.
A informação foi confirmada ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na divulgação da pesquisa Síntese de Indicadores Sociais 2007, a mais recente feita pelo instituto.
Segundo o IBGE, no caso das mulheres, a expectativa de vida é ainda maior, passando de 73,2 anos para 76,5 anos no período. Já a expectativa de vida para os homens saltou de 65,5 para 69 anos nos últimos dez anos.
A principal conseqüência do aumento da expectativa de vida e da queda da mortalidade infantil, segundo a pesquisa, é o crescimento da população idosa no país. Em 2007, ela cresceu cerca de 7%, passando a 19 milhões de pessoas, ou 10,6% da população, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada na semana passada.
Entre os Estados brasileiros, Alagoas foi o que teve a pior expectativa de vida de 2007 -66,8 anos, em média. Na outra ponta, o índice mais alto, de 75,3 anos, foi alcançado pelo Distrito Federal e o Estado de Santa Catarina.
As regiões do Sul, Sudeste e Centro-Oeste obtiveram taxas acima da média – 74,7 anos, 74,1 anos e 73,7 anos, respectivamente. Já no Norte e no Nordeste ficaram abaixo da média, com expectativa de vida ao nascer de 71,6 e 69,7, respectivamente.
A maior expectativa de vida terá ainda efeito sobre os descontos nas aposentadorias. Quando o segurado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) se aposenta por tempo de contribuição, é usado no cálculo do benefício o fator previdenciário -um índice que tem como base a expectativa de vida, a idade e o número de contribuições do segurado.
Quanto maior a expectativa de vida, maior é o o desconto do fator no benefício.
Atualmente, sem levar em conta a nova expectativa de vida, que tem menos de 50 anos pode ter uma redução de até 47% no valor da aposentadoria. O fator previdenciário é atualizado anualmente em dezembro, sempre com base na tabela de expectativa de vida do IBGE. Há um projeto na Câmara, já aprovado no Senado, que acaba com esse redutor. (FOL e EN)