A posse foi prestigiada por Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, da CNTM e vice-presidente da Força, e pelo deputado federal Paulinho da Força, entre outros dirigentes da Força Sindical, de outras centrais e lideranças políticas.
“A Superintendência está sucateada, o salário dos funcionários é baixo, não tem plano de carreira, mas vamos arregaçar as mangas. O Ministério é importante para os sindicalistas e os trabalhadores, mas perdeu esta função de mediador dos conflitos trabalhistas. Hoje, se convida a empresa para comparecer à delegacia; ela tem que ser convocada, não convidada”, disse Medeiros.
Ele reafirmou que impulsionará a luta contra o trabalho escravo e infantil. “Isso é uma vergonha, pode vir peruano, boliviano, mas tem que registrar em carteira. Senão, além de ser trabalho escravo é concorrência desleal. E lugar de criança é na escola, não no trabalho”, afirmou.
Medeiros disse que o Ministério é referência para o trabalhador, mas não tem funcionários para atender. “Queremos fazer convênio com a Secretaria Municipal de Emprego para trazer a CAT (Central de Atendimento ao Trabalhador) e ajudar a gerar empregos”.
Paulinho da Força falou da satisfação de estar na posse de Medeiros. Disse que se desiludiu muito com o governo federal e que acha que as reivindicações da Pauta Trabalhista não vão ser atendidas. “Nossa pauta está aí e o que nos cabe fazer vamos fazer, as manifestações dos dias 6, 13, 20 e 30 de agosto. Não é possível termos um Ministério do Trabalho paralelo no governo. Precisamos de gente que tenha capacidade de influenciar no governo, como Manoel Dias e Medeiros”, disse.
O ministro Manoel Dias disse que ao nomear Medeiros estava fazendo o melhor para o Estado de São Paulo e, sobre as palavras de Paulinho, disse que “os trabalhadores elegeram poucos representantes no Congresso Nacional, mas que no ano que vem, o trabalhador pode votar certo.”
O ministro disse, ainda, que vai fazer do Ministério um instrumento que resgate a sua importância. “O Ministério do Trabalho tem que voltar a ser a casa do trabalhador. Vamos lutar para fazer deste ministério aquele grande instrumento que foi quando foi criada a lei do salário mínimo, a lei que permitiu a criação dos sindicatos, que sancionou a CLT. É essa carga histórica que carregamos”, disse.
Fotos: Paulo Sérgio de Souza
Ministro Manoel Dias e Miguel Torres na cerimônia de posse
Por Assessorias de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de SP e CNTM
Foto: Paulo Sérgio de Souza