Valor Econômico
Sergio Lamucci
No primeiro trimestre, a massa salarial nas seis principais regiões metropolitanas cresceu 6,2% acima da inflação em relação ao mesmo período do ano passado.
O que explica o fenômeno são os setores que não sofrem com a concorrência externa, não sendo afetados diretamente pelo câmbio valorizado – entre eles a construção civil, na qual o aumento da massa salarial chegou a 7,9%.
Na construção, o reajuste deste ano de 14,1% para o salário mínimo ajudou a impulsionar o rendimento real, que subiu 12,2% no primeiro trimestre, movimento também influenciado pela escassez de mão de obra.
Os números mostram a solidez do mercado de trabalho, o que deve garantir um impulso à demanda nos próximos meses, ainda que o nível elevado de endividamento de muitas famílias pareça limitar a capacidade de consumo. A massa salarial é a combinação da variação do nível de emprego com a da renda real (descontada a inflação).