Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Máquinas e equipamentos lideram avanço de 12% na distribuição de aço

SÃO PAULO – A perspectiva de 2009 para os distribuidores de aço começa a mudar com a redução dos estoques nas empresas em função da retomada das vendas. Com isso, os preços dos produtos poderão atingir outros patamares, é o que afirma Christiano da Cunha Freire, presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores do Aço (Inda) e do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderúrgicos (Sindisider).

Essa estimativa de Freire é em função das quedas que os meses de novembro e dezembro apresentaram nas vendas, 22,1% e 34,4%, respectivamente, o que ajudou a derrubar os preços no mercado.

A previsão é de que até neste mês, os estoques da rede já estejam de volta aos patamares de 2008. O Inda aponta uma queda de 100 mil toneladas e a perspectiva é de que até o final do mês passado esse volume tenha sido de 80 a 100 mil toneladas.

Para efeitos de comparação, de acordo com a entidade, os estoques de dezembro ficaram em 934,6 mil toneladas, o que representa um volume total 2,1% maior do que novembro. Em relação a 2007, o índice de crescimento foi de 10,4%.

Resultados 2008

Apesar da brutal queda na vendas em novembro e dezembro, o setor de distribuição do aço conseguiu fechar o ano com um avanço de 12,2% frente o resultado de 2007. Apesar disso, a entidade acredita que a baixa demanda demonstrada no fechamento de 2008 deve continuar ditando os negócios no primeiro trimestre de 2009, embora a previsão é de que o primeiro trimestre será melhor que o último.

Segundo dados da entidade, o setor de Máquinas e Equipamentos foi um dos principais fatores responsáveis pelo resultado positivo de 2008. As empresas do setor comercializaram 735.864 toneladas no ano passado, volume que representa aumento de 23,2% sobre o total registrado em 2007.

Em seguida vem o setor automobilístico, com crescimento de 21,5% (269.931 toneladas); Utilidades Domésticas, com alta de 14,9% (239.919 toneladas); Construção Civil, com crescimento de 13,6% (313.941 toneladas) e Agrícola/Rodoviário, com expansão na demanda por aço de 9,4% (317.497 toneladas). São Paulo continua liderando a distribuição do setor, sendo responsável por 47% da demanda, mas com crescimento contido, de apenas 1,8%.

As quedas aconteceram em bobinas a quente (39,7%) e a frio (47,1%), chapa grossa (0,4%) e chapa zincada (28,6%), números de dezembro. As importações de aço subiram 52,6% no ano.