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Mantega admite corrigir a tabela do imposto de renda, segundo a Força

O secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, vai conversar separadamente com cada uma das seis centrais sindicais antes da reunião geral marcada para amanhã, quando deverá ser fechado o acordo sobre o reajuste do salário mínimo. Ontem, a conversa foi com a Força Sindical e contou com a participação do ministro da Fazenda, Guido Mantega. – Segundo o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Perreira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, o ministro Mantega está apelando às centrais que aceitem o valor proposto pela área econômica, de R$ 545, “com o argumento da responsabilidade fiscal, da questão dos gastos, que o governo vai ter de fazer contingenciamento”.

Em compensação, segundo Paulinho, a equipe econômica do governo poderia discutir a correção da tabela do Imposto de Renda.

Além do reajuste do mínimo para R$ 580, os sindicalistas querem a correção da tabela do Imposto de Renda de 6,47%. Conforme narrou Paulinho, o ministro Mantega disse na reunião que o salário mínimo acima dos R$ 545 seria visto como gasto e criaria expectativa de mais inflação pelo mercado. O sindicalista respondeu que para a Força Sindical é muito difícil fazer um acordo que não contemple o reajuste maior do salário mínimo.

De acordo com o presidente da Força, o governo também precisa enviar ao Congresso, junto com a medida provisória do salário mínimo, a formalização da política de valorização do mínimo com base na variação do Produto Interno Bruto (PIB).

“Queremos que a presidente Dilma mande na medida provisória o atual acordo, [que tem como base de reajuste] a inflação mais o PIB do ano anterior. Queremos que ela coloque essa política na medida provisória que será enviada ao Congresso para que possamos aprová-la e ter validade para os quatro anos.”

Já o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que a proposta de reajuste do salário mínimo será discutida “com responsabilidade” na Casa. Na primeira entrevista coletiva depois de ser eleito para ocupar o cargo nos próximos dois anos, Maia foi na mesma linha de Mantega e afirmou que as discussões sobre o tema vão considerar o equilíbrio das contas públicas. “Todos nós queremos que o salário mínimo continue crescendo. Mas também queremos que as contas públicas estejam equilibradas. O debate e a discussão serão pautados ao seu tempo. Quando as matérias estiverem prontas para serem votadas por acordo, serão votadas.”