O prédio da Previdência Social da Avenida Goiás estava movimentado na manhã da quinta-feira (9). O movimento Frente Sindical contra as Reformas Trabalhista e Previdenciária realizou o primeiro manifesto na Capital. Jornais explicativos e panfletos que detalham as propostas das Reformas foram distribuídos para quem passava em frente ao INSS. Com o objetivo de alertar a sociedade sobre os perigos das Reformas proposta por Michel Temer, sindicalistas também distribuiram os informativos dentro do prédio.
O Secretário Geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (Simecat), Thiago Cândido, afirmou que a união dos sindicatos é importante para o movimento. “A Reforma prejudicará não só o trabalhador da indústria, mas toda a classe trabalhadora”, confirmou. Para o vice-presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg), Wesley Franco, “A Medida é uma ‘demolição’, porque acaba com todo o processo de direitos garantidos ao trabalhadores construídos ao longo de muitos anos”.
Thalia Magalhães da Silva tem 19 anos, e, caso a Reforma seja aprovada, poderá se aposentar a partir dos 68 anos de idade. A estudante, ao saber dessa informação, não escondeu a surpresa e revolta. “Meu Deus do céu! Até lá, já morri!”. A trabalhadora autônoma Vanessa Magalhães acha que a Medida é estratégia do Governo para prejudicar a população. “Eles (Governo) querem que a gente morra antes de se aposentar para não gastar o dinheiro conosco”.
O presidente do Sindicato do SindMetal-GO, Eugênio Francisco, garantiu que a entidade continuará lutando para que a proposta não seja aprovada. “Convoco os metalúrgicos, mecânicos e os trabalhadores de todas as categorias para mobilizarmos e irmos à ruas. Contamos com a população!”. A Frente Sindical continuará realizando movimentos até a votação das medidas, que deve ocorrer no final de abril.
João Paulo Dantas
Assessoria de Comunicação