Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Manifestação do Sindipa parou portaria da Usiminas

Ato público dos metalúrgicos teve queima simbólica de caixão

IPATINGA – A intensa série de manifestações promovidas pelo Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Ipatinga (Sindipa), que pedia a saída do presidente Marco Antônio Castello Branco e da diretora de Recursos Humanos da Usiminas, Denise Brum, foi encerrada na manhã desta quarta-feira (28), com um ato público realizado na portaria principal da empresa, no centro de Ipatinga, no qual diretores do sindicato e trabalhadores metalúrgicos fizeram a queima simbólica de um caixão, representando o repúdio ao modelo de gestão adotado pelo ex-presidente.

Em cima de um carro de som, o presidente do Sindipa, Luiz Carlos Miranda, disse que o protesto marca o encerramento de uma gestão marcada por escândalos, acusações e indignação dos mais de 25.000 trabalhadores do Sistema Usiminas. “Estamos queimando a pior administração da Usiminas, que só tentou destruir a nossa história. Este ato público é uma resposta às penalizações sofridas pelos trabalhadores nos últimos dois anos”, afirmou.

O sindicalista ainda salientou que o fato de Castello Branco ter sido desligado da empresa não significa que a luta por melhores condições de trabalho chegou ao fim. “Por mais que a notícia seja boa, é preciso agora reforçar a luta para obrigar o novo presidente da Usiminas – Wilson Nélio Brumer – a atender nossas reivindicações”.

Turno fixo

As próximas ações do Sindipa estarão voltadas para a luta em defesa das reivindicações feitas pelos trabalhadores durante assembleia geral na última terça-feira (20), na qual foi discutida e definida a pauta de reivindicações que será entregue ao novo presidente da Usiminas nos próximos dias. O documento cobra a negociação do dissídio coletivo, que pede aumento real de 2,5% e abono de R$ 900; o fim do turno fixo de trabalho; implantação da jornada de 40 horas semanais sem redução de salários, e o pagamento dos adicionais de insalubridade e periculosidade.

Miranda adiantou que o fim do turno fixo será o primeiro item a ser discutido com o novo presidente da Usiminas, uma vez que a jornada trouxe inúmeros prejuízos para a categoria, aumentando os acidentes de trabalho, afastamentos por doença e diminuindo o convívio social dos trabalhadores.

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