Pela terceira vez no ano o Governo recebe mais um expressivo recado das ruas de insatisfação e oposição.
Dizer que isso é movimento da “direita golpista” ou da “Elite” formada pelos “coxinhas” e tentar desqualificar a ida de milhares de brasileiros em todo o país às ruas é querer ignorar a difícil realidade pela qual vem passando o Governo Dilma, o Partido dos Trabalhadores e seus aliados.
Pior, é querer ignorar a crise econômica e institucional que só vem piorando sem nenhum horizonte de melhora.
A Recessão, o desmonte da indústria, a desordem econômica e o desemprego são fatos que qualquer dirigente sindical legítimo e compromissado com sua categoria deve ter e mais, ter clareza do momento que estamos passando é fundamental para exercermos nosso papel na busca de garantir direitos e empregos .
Se ignorarmos as necessidades e a situação dos trabalhadores em qualquer momento estaremos sendo hipócritas e não seremos merecedores de nossos cargos representativos assim como qualquer governo.
Estamos fazendo nossa parte. Temos nos organizado e pressionado em Brasília o Congresso, o Senado e o Governo contra as votações que prejudicam os trabalhadores da ativa e os aposentados. Estamos nas portas das fábricas discutindo, orientando e esclarecendo os trabalhadores sobre a atual situação.
Temos promovido atos públicos e manifestações contra o desemprego e os rumos da economia. Feito acordos e mais acordos nas empresas para garantir postos de trabalho. Em suma, somamos todos os nossos esforços para cumprir nossa função junto com os trabalhadores e a categoria metalúrgica. Também temos dado nosso recado.
No entanto parece que alguns estão deixando de fazer sua parte e isso está, no mínimo, nos levando para um caminho sem volta de caos econômico e político no país. O recado das ruas está dado.
O recado dos que querem o retorno do crescimento econômico, do emprego, da baixa inflação e do respeito à população com o fim da corrupção está dado. Vejamos se aqueles que conduzem o país definitivamente entendem isso e, com o mínimo de humildade, reconheçam seus erros e busquem fazer o papel para que foram eleitos por todos nós.
Cláudio Magrão, presidente da Federação dos Metalúrgicos de SP