Este número com certeza poderia ser bem menor se o governo não fosse negacionista, se não tivesse apostado em remédios sem eficácia comprovada, na tal imunidade de rebanho, e se não agisse politicamente contra as vacinas, o distanciamento social e o uso de máscaras.
O momento é de muita indignação, de dor e também de muito respeito às pessoas que faleceram, às que estão adoecidas e às famílias. Perdemos amigos, parentes, colegas de trabalho e de luta e a doença continua perigosa e fatal.
Neste sábado, 19 de junho de 2021, data que infelizmente marcou as mais de 500 mil vidas ceifadas pela covid no Brasil, tivemos em todo o País protestos contra o governo.
Nós, da Força Sindical, que fizemos na sexta, 18, com as demais centrais sindicais, um Dia Nacional de Mobilização nos Locais de Trabalho, apoiamos este justo movimento inclusive com uma barraca instalada na Avenida Paulista, em São Paulo, para distribuição de máscaras e álcool gel.
Precisamos continuar fazendo a nossa parte: exigindo vacinas para todos, não importa a origem, urgência na vacinação, políticas de proteção ao emprego e à renda, locais de trabalho saudáveis e seguros e a ampliação da solidariedade social às pessoas carentes, sem moradias dignas, com frio, fome e desesperança.
Temos de pressionar os deputados e o presidente da Câmara Federal a colocarem em debate e votação a MP 1.039 (medida provisória do auxílio emergencial) e exigir que aprovem os 600 reais mensais, para quem precisa, até o fim da pandemia. A Luta faz a Lei!
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical, da CNTM e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes