Aconteceu ontem (11) em Catalão uma greve geral da classe trabalhadora. A paralisação marcou o Dia Nacional de Lutas, comemorado com vários protestos pelo País. Em Catalão, o manifesto convocado por sindicatos e movimentos sociais atraiu mais de cinco mil pessoas.
As paralisações começaram a partir das 3 horas com a interdição dos ônibus que transportavam os trabalhadores das mineradoras e misturadoras. Houve três pontos estratégicos de paralisação, sendo que ao final aconteceu um grande ato no Centro da cidade.
Os protestos visam chamar a atenção da sociedade sobre a Pauta Trabalhista, que inclui o fim do fator previdenciário, redução da jornada de trabalho, reajuste para os aposentados, mudanças na equipe econômica e mais investimentos para a saúde e educação.
Para o presidente da Força Sindical Goiás, Rodrigão, esse é um momento histórico para Catalão e para o Brasil. “Esperamos que a presidenta reconheça a força dos trabalhadores e destrave a pauta trabalhista do congresso. Merecemos um tratamento diferente”, alega.
Já o Sindicato dos Metalúrgicos de Catalão (SIMECAT) começou a reunir sua base por volta de 5 horas, horário que chega ao Distrito Industrial (DIMIC) os primeiros metalúrgicos. No local foi realizada uma assembleia com os trabalhadores.
Em seguida, os trabalhadores caminharam pela BR-050 até o Posto JK, momento onde se uniram aos outros trabalhadores que ali estavam concentrados. A BR -050 ficou paralisada por algumas horas devido às manifestações.
Logo depois o grupo seguiu pela Av. José Marcelino e Av. 20 de Agosto e encerrou o trajeto na Praça Getúlio Vargas, onde todos os dirigentes sindicais e trabalhadores de todas as categorias participaram de uma grandiosa assembleia. Também foram distribuídos pacotes de bolacha e água para os manifestantes.
De acordo com presidente do SIMECAT e diretor da CNTM, Carlos Albino, o objetivo foi cumprido porque os trabalhadores quebraram as correntes e foram pra rua. “Eles protestaram e gritaram, agora o próximo passo é apertar os governantes”, reforça.
O trabalhador Júlio César da Silva, da Weldmatic, aprovou o manifesto. “Temos que batalhar pra mudar a história desse País. Nossa base é forte e precisamos boicotar esses governantes que trabalham contra o trabalhador”, afirma.
O Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações em nossa cidade foi organizado pelo SIMECAT, Força Sindical Goiás, SindCom, SindTransporte, Sintracom, Sindfio, Metabase, Sindicatalão e Movimento Camponês Popular (MCP). O apoio também foi reforçado por sindicatos de Goiânia, Anápolis e Uberlândia.
Pauta nacional de reivindicações:
Fim do Fator Previdenciário
Jornada de 40 horas semanais, sem redução salarial
Reajuste digno para os aposentados
Mais investimentos em saúde e educação
Transporte público de qualidade
Fim do Projeto de Lei 4330 que amplia a terceirização
Reforma Agrária
Fim dos leilões do petróleo
Por Juliana Barbosa – Assessoria de Imprensa SIMECAT