“Estamos completando um ano de Reforma Trabalhista e até o momento nenhum benefício anunciado pelo governo foi implantado para os trabalhadores. Ao contrário, milhões de desempregados continuam procurando por postos de trabalho; as empresas não voltaram a contratar; o emprego não apareceu e, pior de tudo, os direitos e garantias dos trabalhadores vêm sendo desrespeitados e atacados a cada dia, tudo isso amparado na chamada Reforma Trabalhista.
Mais do que nunca o trabalhador está ameaçado e tem sido vítima de um jogo sujo e desleal por parte dos patrões. Por outro lado, mais do que nunca o papel dos sindicatos torna-se o único caminho para a reversão desse quadro cruel de precarização, insegurança e exploração trazido pela Reforma Trabalhista.
Neste momento, além de lutarmos por ganhos financeiros para a categoria, devemos focar nossas lutas na manutenção de nossa Convenção Coletiva de Trabalho, particularmente em suas cláusulas sociais. Durante décadas lutamos para que nossa Convenção desse garantias ainda maiores que a Lei, e a manutenção dessas garantias deve ser para todos os sindicatos a linha de atuação para que possamos combater a tirania patronal e do governo.
Próximos a mais uma Campanha Salarial, certamente a mais complicada de todos os tempos, devemos nos manter unidos e buscar mobilizar aos máximo os trabalhadores em torno de nossa Convenção. Discutir, debater e informar cada um daqueles que estão nas fábricas de que depende de cada um de nós garantirmos empregos com qualidade e garantias para todos deve ser o rumo desta Campanha Salarial.
Se estivermos, juntos com a categoria, fortalecidos em torno desta meta, conseguiremos uma Campanha vitoriosa custe o que custar. Do contrário, veremos os níveis de exploração, precarização e informalidade no trabalho aumentarem ainda mais”.
Claudio Magrão
Secretário-Geral da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo