Retração dos mercados brasileiro e internacional reduziu a produção e a comercialização de aço no 1º tri
AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Gerdau, maior grupo siderúrgico brasileiro e maior produtor de aços longos do continente, fechou o primeiro trimestre de 2009 com queda de 88,7% no lucro em comparação com o resultado apurado no 4º trimestre de 2008.
O lucro líquido caiu de R$ 311 milhões para R$ 35 milhões. Em relação ao lucro registrado no primeiro trimestre de 2008, a queda foi ainda maior, de 96,7%. Na ocasião, o lucro havia sido de R$ 1,09 bilhão.
O resultado refletiu a queda na demanda por aço, efeito da crise global que se agravou a partir de setembro do ano passado. A produção de aço bruto no trimestre foi de 2,53 milhões de toneladas; de laminados, 2,44 milhões de toneladas.
A receita líquida da siderúrgica atingiu R$ 6,968 bilhões nos três primeiros meses do ano, com queda de 22,1% sobre igual intervalo de 2008. Já o Ebitda (resultado que registra o lucro antes do pagamento de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 599 milhões, caindo 58,7% sobre o quarto trimestre.
Segundo relatório distribuído pela companhia, os mercados da América Latina e da América do Norte tiveram uma pequena recuperação da produção em relação ao volume registrado no último trimestre do ano passado.
Já as operações da Gerdau no Brasil e a produção de aços especiais começaram a sentir o impacto da crise no primeiro trimestre. Esse comportamento foi observado tanto na produção de aço bruto quanto na produção de laminados.
O corte na produção de aços no Brasil foi provocado principalmente pela paralisação do alto forno com capacidade para três milhões de toneladas da Gerdau Açominas.
A parada, antes prevista para durar até o final de março, foi alongada devido às incertezas que ainda permanecem no mercado internacional.
A empresa prevê retomada a partir do segundo trimestre. “A produção em fevereiro foi melhor que em janeiro, março foi melhor que fevereiro. A tendência é de melhora”, disse o vice-presidente financeiro da Gerdau, Osvaldo Schirmer, em teleconferência. “Os estoques da cadeia, sobretudo na América do Norte e no Brasil, estão em níveis bem normais. [O processo de consumo de estoques] está praticamente acabado.”
Com a Folha Online e a Reuters