Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Livro sobre Força Sindical será lançado na segunda-feira, 17

O sindicalismo brasileiro sofreu significativas mudanças nos últimos 20 anos. Uma das principais transformações foi o pluralismo sindical e o surgimento de novas centrais sindicais, entre elas está a Força Sindical, que nasceu em 8 de março de 1991, com o propósito de criar mais liberdade e novos ideais para os trabalhadores brasileiros, além de uma visão pluripartidária, atitude inexistente na época.

Para fazer um balanço e mostrar os resultados dessas duas décadas de atuação foi produzido o livro A História da Força Sindical – 20 anos e luta (Geração Editorial, 144 páginas, R$ 29,90), com prefácios dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

O lançamento será segunda-feira (17/10), em São Paulo, na Livraria da Vila – Shopping Higienópolis, Av. Higienópolis, 618, São Paulo, das 18h às 21h30.

Na obra é contada em detalhes a fundação em 1991, pelo então sindicalista Luiz Antonio de Medeiros, que de início reuniu em torno de seu projeto 441 entidades, entre sindicatos e federações, que estavam insatisfeitas pelo então modelo sindical e acreditaram na ambiciosa proposta de transformar o País em uma nação moderna, capaz de competir com o mundo desenvolvido. As páginas contam com dezenas de imagens que exibem a trajetória de crescimento da Força Sindical.

Os números atuais da FS são expressivos: 2.675 entidades sindicais filiadas, representando 10 milhões de trabalhadores. As manifestações de 1º de Maio chegam a reunir aproximadamente 2 milhões de pessoas na Zona Norte da cidade de São Paulo. Se a Força cresceu, o Brasil também mudou: está perto, como previa a central, de se transformar numa potência desenvolvida, respeitada em todo o mundo.

Nas 144 páginas são lembradas histórias de lutas, conquistas e avanços na maneira de negociar os direitos de milhares de trabalhadores. Os dois últimos ex-presidentes fizeram análises do papel exercido nas últimas duas décadas pela Força Sindical – tanto FHC quanto Lula escreveram que a atuação da FS foi extremamente necessária para o desenvolvimento do país e das garantias dos trabalhadores.

Outras lideranças da sociedade e fundadores, como o atual presidente da central, o sindicalista e deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o secretário-geral João Carlos Gonçalves, o Juruna, e o primeiro presidente da entidade, o sindicalista Luiz Antonio de Medeiros fizeram análises construtivas e relevantes sobre o novo modelo de sindicalismo criado.

“A Força Sindical deu uma contribuição fundamental na luta da sociedade pela soberania, pela democracia e pela liberdade de expressão e de imprensa” Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical.

“A Força Sindical participou com entusiasmo e criatividade, zelando pelos direitos dos assalariados e ajudando o País a inaugurar uma nova e promissora página de sua história” Luiz Inácio Lula da Silva é ex-presidente do Brasil.

“Eu estava presente no Memorial da América Latina naquele histórico 8 de março de 1991, ao lado das importantes lideranças sindicais que criaram a Força Sindical, a nova central de trabalhadores que trazia teses inovadoras para o mundo representativo do trabalho.” Fernando Henrique Cardoso é ex-presidente do Brasil.

A produção da obra de memórias foi tarefa do Centro de Cultura e Memória Sindical, presidido pelo sindicalista Milton Cavalo. Segundo ele essa foi uma forma de mostrar os resultados e ser um material histórico.

“Não pretendemos esgotar o debate acerca da história da Força Sindical. Pretendemos nos apropriar da nossa história, não deixando que ela se perca em discursos difamatórios, que apontam para visões distorcidas de alguns fatos”, conclui Cavalo.

A obra apresenta depoimentos de sindicalistas e fundadores da FS, como José Ibrahim, Melquíades Araújo, Cláudio Magrão de Camargo Crê, José Gaspar Ferraz de Campos, Nair Goulart, Miguel Torres e Luiz Carlos Motta e Nilton Souza da Silva, o Neco.

www.fsindical.org.br